Capítulo 50

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- Leon, - ela disse suspirando sem se virar para encará-lo – eu não dormi nada esta noite, então...

- Você não foi a única que ficou acordada aqui, querida. - ele disse bravo.

Surpresa com a acusação Nilce se virou para encará-lo.

O cabelo molhado mostrava que ele havia tomado banho e também tinha trocado de roupa, porém as olheiras e os olhos vermelhos pareciam confirmar que ele não havia dormido.

- Eu não pedi que ficasse me esperando acordado. - ela disse com o sabor de vitória na boca.

- Eu vou perguntar mais uma vez. - ele disse com o tom bastante autoritário a ignorando – Onde você passou a noite?

- Eu sai com a Sapeca. - ela deu de ombros.

- Então você dormiu na casa de Sapeca? - ele disse suspirando – Que engraçado porque eu liguei para o celular e para o telefone residencial de Sapeca milhares de vezes, e ninguém atendeu.

- Não, - ela o corrigiu - eu disse que saí com ela, não que dormi na casa dela.

O maxilar dele se contraiu e Nilce pode ouvir os dentes rangerem. Aquilo a arrepiou dos pés a cabeças, mas ela continuou parada, encarando-o de queixo erguido.

- Edu disse que não tinha notícias de vocês. - ele disse ainda tentando manter a calma.

Ele não precisava entrar em detalhes e contar que horas antes, quando contara a Edu, ele havia lhe mandado para todos os lugares possíveis e que ainda havia lhe xingado por tê-la preocupado tanto.

– Ora, veja que coincidência. - ela disse irônica – Acho que eu já ouvi algo parecido com isso em algum lugar. - ele revirou os olhos.

- Não me venha com gracinha. - ele disse bravo – Ao contrário de mim você não sabe se cuidar.

- Bom, mas teve quem o fez por mim. - ela disse sem mencionar que quem o fizera fora a própria Sapeca.

Ele pareceu ter levado um soco bem na boca de estômago e se não fosse a onda de adrenalina que correu nas veias dele, fazendo-o dar dois passos e acabar com a distância entre eles, podia-se dizer que ele estava prestes a desmaiar.

- Não brinque comigo Nilce Moretto. - ele disse entre os dentes a centímetros do rosto dela.

Corajosa e gostando do jogo Nil, não voltou um centímetro sequer para trás, muito pelo contrário.
Empinou ainda mais o queixo e o olhando-o nos olhos disse com a voz tão calma e controlada que até mesmo ela se surpreendeu:

- Ah, eu não estou brincando nem um pouco, Leon.

- Nós temos um contrato! - ele gritou.

- Desculpe, mas não me lembro de uma cláusula onde diga que não podemos temos alguns flertes. E já que você pode ter um caso eu também vou ter! - ela disse sem se importar se estava mentindo ou não – Agora se me der licença. - ele a interrompeu.

- Não eu não dou! - ele disse a segurando com força pelo pulso fazendo-a continuar parada bem ali na sua frente.

- O que é? - ela provocou agora também gritando – Vai me amarrar e me prender até que passe os seis meses? - ela o desafiou.

A expressão do rosto dele passou de raiva para surpresa, e logo depois voltou para a raiva.

- É uma ótima ideia. - ele disse sério – Mas seria uma ideia ainda melhor, costurar sua boca, porque a convivência com você anda impossível ultimamente.

- Comigo? - ela disse tentando livrar o pulso sem sucesso – Você que é paspalho.

- Olha como fala... - ele lhe advertiu segurando seu pulso com mais força.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora