Capítulo 114

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- Na verdade, ainda não tivemos tempo para planejar uma.

- Oh entendo, eu e meu marido fizemos a nossa depois de três anos de casados, imagine só! - a mulher riu.

“O meu casamento não vai ter nem mais três meses...” - ela novamente teve vontade de responder.

Para sua sorte o jantar começou a ser servido e a mesa ficou mais silenciosa. Depois de por fim terem comido a sobremesa a mesma mulher voltou a falar-lhe:

- Eu achei o seu vestido magnífico! - ela disse sorrindo de forma sincera – A cor ficou perfeita junto com o contraste dos seus cabelos.

O cabelo de Nilce estava quase um ruivo, contrastando muito bem com o vestido.

- Obrigada. Eu devo admitir que estou encantada é com a cor do seu vestido - Nilce disse a verdade um tanto encabulada – Na verdade acho que eu deveria ter colocado algo mais colorido.

- Bobagem! - a mulher disse lhe dando um tapinha mão.

- Concordo com Nilce... uma cor mais chamativa lhe cairia muito bem. - Amanda disse tentando usar aquele tom de “melhores amigas”.

- Eu acho que ela está linda. - a mulher disse calma – Creio que à noite cores muito chamativas não caem tão bem. A menos é claro para as prostitutas... - a mulher disse parecendo inocente.

- Uma cor mais viva deixa qualquer mulher mais provocante e sexy. - Amanda disse parecendo tentar persuadir a mulher.

- Não concordo com você. Dependendo da mulher e do vestido que ela usa, serve apenas para deixá-la vulgar. - um brilho de desafio apareceu nos olhos de Amanda, mas antes que ela pudesse falar qualquer coisa a mulher continuou parecendo bastante relaxada - Eu na verdade achei o seu vestido bem vulgar. Vulgar até de mais. - a mulher disse sem rodeios olhando Amanda de frente.

Por alguns segundos Amanda pareceu envergonhada e então soltou um sorrisinho levantando:

- Todos tem uma opinião diferente. Se me dão licença, vou buscar outra taça de champanhe. - e saiu pisando firme.

- Desculpe. - a mulher falou para Nilce – Por algum motivo eu não a suporto.

- Partilhamos do mesmo sentimento. - Nilce disse divertida velo olhar envergonhado da mulher.

Minutos se passaram e felizmente Amanda não havia voltado.

- Vou ao banheiro. - Leon disse junto ao seu ouvido enquanto ela e a mulher conversavam sobre receitas de bolos.

- Tudo bem, vou lhe esperar aqui. - ela disse sorrindo enquanto Leon se afastava.

- Estou começando a ficar preocupada com Leon. - Nilce confidenciou para a sua nova amiga.

- Calma. Deve ter encontrado alguém conhecido e ter ficado falando de negócios.

- Chame de instinto se quiser mas sinto que algo não vai bem.

A mulher a olhou por alguns segundos antes de dizer:

- Se é assim, talvez fosse melhor você ir atrás dele... Não creio que esteja bêbedo, mas pode ter esquecido o número da mesa ou algo assim.

Nilce duvidava muito desta hipótese mas mesmo assim levantou-se pediu licença aos demais e começou a caminhar em direção aos banheiro com os olhos correndo por todos os lados.

Chegando ao jardim com a iluminada piscina ela correou os olhos pelos casais e seu olhar parou detectando Amanda... e Leon.

Seus pulmões doeram e ela se lembrou de respirar... Aquele era Leon conversando com Amanda? Mas é claro que aquele era o Leon!

Respirando fundo ela caminhou até eles.

- Leon, quero ir pra casa. - ela disse em um tom alto e confiante.

Céus, como estava com raiva.

- Nilce, eu estava conversando com Amanda... - ela o interrompeu.

- Eu percebi. - ela o cortou - Você vai me levar pra casa ou devo chamar um táxi?

Leon a olhou em silêncio por vários segundos, assim como Amanda, que parecia surpresa com a sua reação.

- Claro que vou te levar. - ele disse tentando sorrir.

- Mas ainda é tão cedo e... - Foi a vez de Amanda ser interrompida por Nilce.

- Cala a boca. - Nilce disse encarando a mulher de frente – Eu estou falando com a o meu marido, não com a prostituta dele.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora