Capítulo 117

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Assim que Nilce ouviu o “tchau” de Sapeca, virou-se sem encarar Leon e começou a caminhar em direção as escadas.

- Temos que conversar. - ele disse logo atrás dela.

- Temos? - ela perguntou parando e o encarando por cima da ombro.

- Sim. E você sabe. - ele insistiu.

- Sei? - ela disse cruzando os braços em frente ao peito.

- Vamos ficar nisso? - ele perguntou com ar zombeteiro.

- Vamos? - ela provocou com o típico brilho de desafio nos olhos.

Leon suspirou mostrando impaciência e logo tratou de também cruzar os braços.

- Por que tem quer ser sempre tão estressante brigar com você?

- Estressante?

- Chega! - ele explodiu – Você parece uma criança quando age desse modo.

- Oh, então deveria subir para o meu quarto e como castigo ficar sem jantar para pensar no que eu fiz? - ela estava mesmo disposta a brigar.

- Sim, talvez devesse. - ela fez menção a começar a subir as escadas mas ele tratou de dizer – Mas não agora. Primeiro vamos conversar.

Ela parou no primeiro degrau da escada e o olhou com impaciência:

- Por que eu tenho a impressão de que não vou gostar da conversa?

- Porque você realmente não vai. - ele disse sincero.

- Então vai lá, comece. - ela provocou voltando a cruzar os braços.

Leon ficou alguns minutos em silêncio, pensando nas palavras certas para usar e de repente começou a falar:

- Você estava enganada ontem. - ele suspirou – Eu não estou nenhum pouco interessado em Amanda. Como eu lhe disse estávamos com Jack Duarte e por coincidência quando você chegou ele tinha ido buscar uma bebida. E fique quieta, só eu falo. - ele tratou de avisar quando ela abriu a boca para retrucar – Você me disse que não aguenta mais brincar de casinha, eu também não aguento mais brigar com você por causa da Amanda.

- Posso falar agora? - ela perguntou em um tom brincalhão.

- Por que você não gosta da Amanda?

“Porque a Sapeca tem razão, eu morro de ciúmes de você”

- Eu simplesmente não gosto dela.

- Simples assim? Sem motivo nenhum?

- Simples assim. - ela garantiu dando de ombros.
Leon suspirou. Estava a cada dia mais difícil entender Nilce... Por que mulheres tem sempre que ser tão complicadas?

Um silêncio bastante significativo pairou sobre eles.
- Ontem... - ela começou insegura e gaguejando – Quando você disse que... que.. quando você deu a entender que tinha algo entre nós...

- Eu estava falando a verdade. - ele garantiu - Nós dois sabemos disso e eu estou disposto a fazer qualquer coisa para que possamos tentar, não sei, talvez ficar juntos.

O coração de Nilce passou a bater em uma pulsação desenfreada enquanto os pensamentos voavam afoitos em sua cabeça. Um brilho de esperança estava brotando de algum lugar no seu peito.

- Qualquer coisa? - ela perguntou enquanto ele dava um passo a mais para frente.

Ele apenas assentiu e continuou se aproximando. Ele encarou Nilce diretamente nos olhos parando em sua frente a pouca distância, e ela agradeceu por ter continuado no primeiro degrau da escada, porque agora, ambos estavam da mesma altura.

- Qualquer coisa... - ele garantiu com a boca a milímetros da dela.

Nilce sentia a respiração dele contra sua pele... a aproximação... a boca... Tentando pensar com clareza ela pediu:

- Demita Amanda.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora