Capítulo 120

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- Você não esta... chateado?

- Não! - ele respondeu rindo – Na verdade eu aceitei o encontro porque Sapeca insistiu. - ele fez uma careta – Sabe como é, você é super bonita, mas... não é bem o meu tipo. Prefiro músculos, tórax definidos... Esse tipo de coisa - Nilce arregalou os olhos.

- Você... você é gay? - ela perguntou.

- Você não tinha desconfiado? - ele perguntou divertido e ela negou – Nem quando eu elogiei os seus sapatos?

Foi a vez dela rir.

- Bom, obrigada então. - ela disse sorrindo.

- Não tem de que. - ele respondeu sorrindo – Que tal esticarmos mais um pouquinho a noite? Tem uma boate aqui perto que é excelente!

Nilce olhou para o relógio. Eram exatamente treze para a meia noite, não tinha problema ficar mais um pouco, tinha? Afinal fazia tempo que não se divertia tanto. Lucas sem dúvida era uma ótima companhia. 
- Acho que talvez uma ou duas horas não farão mal a ninguém. - ela disse concordando.

Assim como Lucas havia lhe dito a boate era excelente e estava cheia.

Gay... ela nunca teria imaginado. Ele estava tão masculino e bonito dentro da camisa social que várias mulheres não disfarçavam o olhar minucioso em cima dele.

Nilce não se recordava a ultima vez que havia dançado tanto em sua vida. Sua camisa estava colada ao corpo devido ao suor e a de Lucas não estava diferente.

- Olha aquele cara a seu esquerda... - ele lhe confidenciou enquanto dançavam - ...ele é um gato! Pena que esta interessado em você.

Nilce olhou para trás e encontrou o homem do qual Lucas se referia. Era muito bonito sem dúvida, porém, era alguns centímetros mais baixo que Leon e o cabelo era claro de mais. Os ombros também não era tão largos como os de Leon.

Leon... - como ela havia conseguido esquecer dele durante tantas horas?!

- Acho que já esta na hora de ir embora. - ela disse olhando para o relógio que marcava três e cinquenta da madrugada.

- Tudo bem vamos.

- Não, pode ficar eu chamo um táxi.

- E estragar toda a encenação? - ele lhe deu uma piscadela – Nada disso, vamos.

Ele a pegou pela mão e a levou até onde o carro estava estacionado.

- Já pensou o que vai dizer para ele? - Lucas perguntou quando estavam a poucos quarteirões da casa de Leon.

- Vou dizer a verdade... que saímos para jantar e fomos dançar. - ela disse tentando ignorar a pitada de ansiedade.

- E vai dizer pra ele sobre a minha opção sexual?

- Talvez.

Lucas assentiu e logo o carro entrava pelo portão principal da casa.

- Obrigada por tudo. - ela agradeceu assim que fechou a porta do carro.

Ele lhe mandou um beijo e arrancou com o carro.

A casa estava em total escuridão quando ela entrou. O ambiente mergulhado no silêncio mostrava que Leon não a esperava. 

“Ótimo, ele definitivamente não se importa!” - admitiu para si mesma tentando ao máximo ignorar a pontada de decepção que lhe atingia o coração.

Como uma adolescente fugitiva, ela tirou o salto alto e começou a subir as escadas tentando não provocar ruído nenhum.

Ela passou pela porta de seu quarto e para a sua surpresa uma mão lhe agarrou o ombro. Foi tudo tão rápido que Nilce só percebeu o que estava acontecendo quando se sentiu esmagada entre a parede e um corpo másculo e firme que ela conhecia muito bem: 

- Eu vou matar aquele cara, me ouviu? Só não sei se antes ou depois de você!

Algo no tom da voz dela a deixou assustada:

- Você está me machucando... - ela disse num sussurro falhado e ele se afastou um pouco diminuindo a pressão.

- Eu quero saber onde vocês foram, e quero saber quem ele era também. - não era uma pergunta era uma ordem direta.

- Fomos jantar e depois saímos para dançar. - ela não sabia porque exatamente estava respondendo, afinal não deveria fazê-lo, e estava se sentindo estúpida por tudo isso.

Leon apertou tanto o maxilar que ela jurou ter ouvido o barulho de algo trincando. Por algum motivo, uma necessidade imensa tomou conta dela e ela falou de maneira calma: 

– Ah, e o nome dele é Lucas e ele é gay.

Leon a encarou como se lhe lesse a alma e ela sabia que ele estava procurando pela verdade... E a encontrou sem nem mesmo precisar perguntar mais alguma coisa, e ele entendeu tudo.

Ela havia feito aquilo para lhe causar ciúmes e pelos deuses ela havia conseguido!

- Nunca mais faça isso comigo Nilce, você me ouviu? Nunca! Céus, eu quase morri de ciúmes, pequena! - e então novamente para a surpresa de Nilce ele a beijou da forma mais doce e carinhosa que possa se imaginar.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora