Capítulo 72

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Suspirou enquanto jogava mais alguns sais na banheira e massageava os ombros.

Cantarolando uma canção desconhecida ela terminou seu banho e secou-se.

Escolheu uma roupa qualquer já que iria ficar sozinha naquela gigantesca suíte, e também não tinha planos de sair.

Pediu comida e assim que terminou a refeição saciando sua fome, ela começou a organizar suas coisas e suas roupas, mas foi quando dobrou com cuidado o vestido branco que Leon lhe comprara no leilão que lembrou que tinha uma conversa pendente consigo mesma. Afinal aquele sonho acabaria no momento em que ela e Leon subissem ao avião e chegassem em casa.

Ela sentou-se em frente a grande janela da suíte.

Tinha que arranjar uma solução, porém primeiramente tinha de achar o real problema. 

Oh céus precisava tanto de conselhos.

Olhou para o telefone do hotel, e criando coragem levantou-se e discou o número de casa. Da sua casa ... No quinto toque a voz cansada de uma homem atendeu:

- Alô?

- Oi pai. - ela sorriu emocionada.

- Leca? - ele disse parecendo animado – Leca é você filha?

- Sim pai sou eu Nilce. - ela disse revirando os olhos.

Seu pai sempre a chamava de Leca... 

- Ei filha estamos com saudade de você. Quando você vem fazer uma visita?

- Assim que eu conseguir uma folguinha aqui papai.
Como a mamãe esta? - perguntou logo, antes que ele começa-se a lhe perguntar do trabalho.

Odiava mentir para ele, mas nas circunstâncias que se encontrava, não poderia dizer ao pai que estava em Toronto com o seu ”marido”.

- Esta na mesma. - ele disse com a voz cansada – Você sabe como são as coisas. Ela sempre pergunta por você, esta com saudades.

- Eu também estou com muita saudade dela pai. - disse sentindo os olhos nublarem – Você acha que seria ruim se eu falasse com ela?

- Ruim? - ela soltou uma gargalhada forçada – Eu acho que seria ótimo. Iria animá-la bastante. Espere um momento que eu vou passar pra ela. Tchau Leca.

- Tchau pai, eu te amo. - um longo silêncio pairou no telefone até ele responder.

- Oh minha menina, você sabe que sou crioulo de mais para estas melações. Mas eu também lhe amo. Vou passar para sua mãe. Tchau.

Ela riu com o nervosismo do pai, e a voz que tanto queria escutar lhe encheu o peito de calor:

- Filha é você minha vida?

- Sim, sou eu mamãe. - ela disse começando chorar.

- Você esta bem? - a voz fraca e debilitada disse com carinho – Estou com tanta saudade Nilce.

- Eu também mãe. Eu também.

- Oh querida, posso sentir aqui em meu coração que esta chorando.

- É que estou com saudades. - ela disse tratando de se acalmar.

- E o que mais?

- Como assim mamãe?

- Oh filha... as mães sabem quando seus filhos estão com problemas. Me diga... o que lhe aflige? Seu coração esta batendo mais forte por algum rapaz ai da cidade?

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora