Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)

Capítulo 123

Os dedos de Gláucia afrouxaram o aperto e Nilce conseguiu libertar o braço.

Avançou em passos largos pelo corredor que conhecia tão bem, e logo avistou a mesa de Amanda, ou ao menos, a mesa onde Amanda deveria estar trabalhando. Logo a sua frente a grande e alta porta apareceu. Não importava quanto tempo ele fosse demorar, ela esperaria e por fim colocaria os pingos nos “is”. Nilce sorriu e colocou a mão na maçaneta respirando fundo. A partir dali era tudo ou nada!

- Leon! - A voz manhosa de Amanda lhe chegou aos ouvidos – Por favor...

Nilce empurrou a grande porta que se abriu sem o menor sinal de barulho ou ruído. E então o chão que até pouco tempo atrás estivera abaixo dos seus pés desapareceu. Seu coração começou a bater freneticamente e sua respiração falhou. Agora entendia o motivo da insistência de Gláucia.

Por Deus onde ela estava com a cabeça ao acreditar que podiam tentar ter um casamento de verdade? Ao acreditar em tudo o que Leom dissera? Céus como era idiota!

As lágrimas queimaram seus olhos e a garganta se fechou implorando por um soluço. Ela engoliu seco. Não faria isso. Não iria chorar não ali! 

Ela ficou ali enquanto via Amanda, apenas de sutiã e com uma saia que não cobria quase nada, beijar seu futuro ex-marido. Leon tinha as mãos nos ombros dela e parecia tentar falar alguma coisa enquanto a vadia continuava lhe beijando com volúpia.

- Amanda... - Leon enfim conseguiu dizer e ela se afastou para encará-lo.

- Sii... - ela perdeu a fala e de pronto a expressão de seu rosto ficou petrificada de... assombro.

Dalí em diante tudo aconteceu bastante rápido. Vendo o olhar apavorado que Amanda lançava para a porta Leon se virou para encontrar o par de olhos verdes que o olhava com indiferença.

- Nilce! - ele sussurrou levantando da cadeira com um pulo.

A camisa dele e o cinto estavam abertos, Nilce pode perceber:

- Surpresa! - ela disse com as mãos na cintura e a voz carregada de ironia – Eu vim lhe mostrar o meu novo visual Leon... - ela disse mexendo nos cabelos – O que achou?

- Não é nada do que você esta pensando. Calma, eu posso explicar! - ele disse com a mão estendida em sua direção.

- Mas eu não falei nada. - ela disse dando de ombros sem esconder a ironia – Desculpe ter chegado assim sem avisar. - ela fez uma careta – Não queria ter atrapalhado vocês.

- Nilce... - ele começo a falar mas ela o interrompeu.

- Não se de ao trabalho Leon. - ela disse com a voz firme – E tente recuperar um pouco da compostura... - ela disse sinalizando a sua roupa – ...prometo nunca mais interrompê-los. - ela apertou a bolsa com força e girou os calcanhares caminhando de pressa pelo corredor.

- Nilce espere! - ele gritou apavorado enquanto tentava ficar apresentável para poder ir atrás dela.
Ela não parou pelo contrário continuou andando ainda mais rápido e quando as portas do elevador se fecharam logo atrás de si ela respirou fundo. Não iria aguentar aquilo... nunca.