Capítulo 40

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  - Eu sei, eu sei, me desculpe. - Nilce disse constrangida – Mas então, podemos sair?

- Eu não quero sair. - a morena disse agora mais calma.

- Mas você vai.

- Não, eu não vou.

- Sim, você vai. Eu preciso de você Sapeca. - ela disse com voz melosa – Por favor, irmã.

Silêncio... Porém Nil sabia que a morena não resistiria depois do "irmã".

Sapeca bufou se dando por vencida:

- Tudo bem sua estúpida, você sabe que eu nunca consigo te dizer não mesmo. - a morena disse suspirando.

- Obrigado Sapeca. Eu te amo. - ela disse sorrindo.

- É, eu também gosto um pouco de você.

- Só um pouco? - Nilce perguntou desconfiada.

- Quando você me acorda as cinco da manhã sim. Só um pouco. Agora tchau, odeio olheiras.

Antes que Nilce pudesse se despedir, ela desligou.

Nilce riu, mas seu riso foi interrompido por passos na escada, que anunciavam que Leon estava subindo. O que ela não sabia era que ele tinha nos lábios um sorriso sacana... Um sorriso maroto.

Passando pela porta do quarto dela, ele teve que confessar que ficou bastante tentado a abri-la, entrar e a beijar com volúpia.

Definitivamente aquela mulher era uma pedra em seu sapato. Uma tentação na qual ele tinha que enfrentar todos os dias.

Entrando em seu quarto e fechando a porta, quase sem barulho nenhum, ele se atirou na cama novamente, suspirando.

Se tapando com o cobertor e ficado pensativo, ele pegou o papel em cima de sua mesa de cabeceira.
Nele, em caligrafia grosa e bem desenhada estava escrito as seguintes qualidades:

Não tão bonita, voz aguda de mais, orgulhosa, ambiciosa, presunçosa, interessante e não fala totalmente a verdade.

Bufando ele se perguntou por que nenhuma das mulheres que ele havia entrevistado chegavam aos pés de Nilce.

Era como se de repente, ninguém conseguisse ser tão boa quanto ela. Ainda lembrava com perfeição de todos os itens que encabeçavam sua lista;

Bonita, deliciosa, orgulhosa, encantadora, emotiva, responsável, sincera, mandona. gostosa.

Ele bocejou cansado, e largou a lista novamente na cabeceira.

Onde ela e Sapeca iriam afinal logo pela manhã?

Tentando conter a curiosidade ele fechou os olhos e tentou dormir.

Antes que pudesse obter o mínimo possível de sucesso, a imagem de Nilce presa entre seus braços e a centímetros de sua boca como acabara de acontecer na cozinha, lhe invadiu a mente o fazendo suspirar.

Ele riu sozinho e teve que admitir;

Ele a queria. Ele a queria com todas as forças em sua cama, exausta e suspirando. Ele a queria em seus braços, somente nos seus.

E se dependesse dele, isso não demoraria nada nada para acontecer.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora