Capítulo 128

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- Alô? Alguém ai? - ela perguntou suspirando
Era impressão dela ou uma respiração podia ser ouvida ao fundo?

- Quem fala? - silêncio – Desculpe, vou desligar se não responder. - ela avisou, e de nada adiantou. Quem quer que estivesse do outro lado da linha continuou quieto.

- Tudo bem aí, menina? - seu pai perguntou entrando em casa.

- Sim, pai, tudo em ordem. - ela disse colocando o telefone no gancho – Algum engraçadinho passando trote.

- Más notícias da cidade na carta? - ele perguntou tirando o chapéu.

- Não, tudo indo bem por lá.

- Quando você vai voltar para lá? - ele quis saber mordendo um pedaço de palha.

- Não acho que vá voltar pra lá, não pai. Talvez, tente conseguir o meu antigo emprego.

Seu pai apenas assentiu quieto ainda com a palha na boca.

- Olha menina, não sei o que foi que aconteceu lá, mas se precisar, sabe que pode contar com esse velho não sabe? - ele disse batendo no próprio peito.

- Sei sim. - ela disse rindo – Obrigada pai.

- Oh, não me agradeça... na verdade estou aqui meio que por interesse. - ele disse rindo.

- Ah, é? - ela respondeu se fazendo de ofendida – E o que esta a ponto de me pedir desta vez?

- Sabe o velho caminhão de carga? - Nilce fez uma careta já sabendo o que vinha pela frente – Acho que vai ter que dar uma olhada no motor. Só você entende o motor daquela joça.

Nilce riu vendo o pai contrariado:

- Tudo bem. Amanhã darei uma boa olhada, agora preciso ir dar uma olhada na mamãe.

- Leka? - ele disse quando ela já estava a alguns passos – Obrigado pela cirurgia dela. - ela sabia de quem ele estava falando - Foi bem cara e eu não conseguiria pagar sozinho.

Nilce apenas sorriu e continuou andando sentindo o coração pesado. “Agradeça ao Leon” ela teve vontade de responder para o pai. “Foi ele quem pagou por tudo.” 

Leon...

Permitindo-se pensar nele, ela fechou os olhos por alguns segundos e conseguiu vê-lo nitidamente, como se os dias nada tivessem levado das lembranças. O que ele estaria fazendo agora?

Ela abriu os olhos com raiva de si mesma. Tinha que parar com aquilo imediatamente. Tinha que continuar vivendo sua vida como sempre fora, sem o Leon por perto. Ele já não mais fazia parte de sua vida... Não mais.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora