Capítulo 91

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Quando Nilce voltou do banheiro, Sapeca a esperava com a expressão que parecia ainda mais aflita.

- Sua vez. Você faz todos os cinco de uma só vez e depois vemos o resultado juntas.

- Tudo bem. - a morena assentiu parecendo de repente ficar mais confiante.

Antes da morena entrar no banheiro Nilce a abraçou com força. Sapeca sorriu sem jeito, entrou no banheiro e demorou alguns minutos até sair.

Quando saiu tinha cinco testes na mão e os entregou todos a Nilce.

- Me diga você o resultado.

Nilce pegou os testes e os colocou sobre a mesa de centro da sala de estar. Sentou-se no sofá ao lado de Sapeca e ambas esperarem ferozmente que cinco minutos houvessem passado.

- É agora. - Nilce disse se levantando – Quer que eu diga o seu ou o meu primeiro?

- Tanto faz. - a morena deu de ombros ainda bastante branca.

Nilce pegou o dela primeiro.

- Tudo bem, todos são com os resultados iguais. Uma linha negativo duas linhas positivo. - pegou o que ela havia feito e mostrou para Sapeca – Negativo.

Sapeca assentiu com a cabeça e começou a esfregar as mãos uma na outra.

Nilce pegou o primeiro que Sapeca havia feito e por sua expressão o resultado já estava evidente.

- Positivo. - ela esticou o teste para a amiga que pegou-o na mão.

- Oh meu Deus. - ela sussurrou voltando a chorar, enquanto olhava as duas linhas destacadas – Os outros... - ela disse parecendo esperançosa - … estão diferentes?

- Estão todos iguais. - Nilce abriu um pequeno sorriso enquanto os olhos começavam a transbordar - Você vai ser mãe.

Sapeca levantou parecendo perturbada e pegou os outros testes, comparando-os. Todos com duas linhas... Todos positivos.

- Estou perdida... - ela começou a repetir sem parar
Em um ataque de ira jogou os testes no chão, fazendo Nilce se assustar. Apenas um teste havia ficado sobre a pequena mesa de centro, e ela o pegou e correu até a cozinha, jogando-o com raiva dentro da lixeira.

Desnorteada, voltou com a intenção que dar o mesmo fim aos outros, mas quando chegou na sala Nilce lhe abraçou e tentou acalmá-la:

- Acalme-se Sapeca. Isso não vai lhe fazer bem.

- Que se dane! - a morena gritou – Estou perdida... Como vou dizer a Eduardo isso? Um bebê! Céus um bebê... ele não vai querer um bebê.

Nilce sentiu um calafrio na coluna. Sapeca não podia falar sério. Não mesmo. Respirando fundo e criando coragem para perguntar ela falou:

- Mas você o quer, não quer? Você quer o bebê não é Sapeca? - Nilce disse contendo o próprio choro.

- E-e-eu não sei. Estou confusa. - ela disse sentando no sofá. Nilce sentou ao seu lado, sentindo as próprias pernas tremerem.

Sapeca realmente, realmente não podia, não podia por momento algum pensar em interromper a vida de um ser humano.

- Sapeca você não esta pensando em... em... - a palavra se recusou a sair da garganta de Nilce, mas ela tinha certeza que Sapeca havia compreendido...

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora