Capítulo VIII

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Dias atuais...
Acordo me sentindo tonta. Olho em volta e vejo três rostos me encarando. Me sento de uma vez.

- Vamos, o que estamos esperando? - digo e olho para os três. Arthur revira os olhos e Gael cruza os braços.

- Se você levantar e mover essa bunda nós com certeza iremos! - abro a boca para falar e fecho em seguida. Levanto limpando a garganta e me batendo.

- Claro que sim! Tenho certeza de que estão esperando por mim! - "Ok! Mereço um desconto! Ainda não me acostumei a ser a Guardiã de um reino e citar ordens que não sejam óbvias!"

Passo pelos três e entro na rasura. Sinto um solavanco e grito. Ninguém som é emitido e sou lançada ao chão novamente. Caiu rolando. Respiro ofegante. "Ual!"

Levanto e quando olho para a rasura Drogo rola em minha direção. Dou pulos para trás e balanço as asas. Agradeço a presença delas. Elas amortecem meu tombo. Aprendi a cair em grande estilo.

Drogo se levanta e se debate.

- Se eu fosse você saia daí. - Ele franze o cenho. Arthur passa pela rasura e rola até Drogo. Strike! Gargalho.

- Tire Seu traseiro de cima de mim agora! - ele exclama enquanto empurra Arthur. Assim que eles se levantam Gael passa pela fresta e bato palmas dando pulinhos.

Gargalho.

Os três se embolam no chão.

- Levantem e vamos atrás do meu Protetor. - eles se levantam resmungando.

Caminhamos a passos lentos pela floresta.

***

- Por que temos que caminhar? Temos asas! - estou indignada.

- Por que estamos aqui tentando parecer seres alados amigáveis. Os guardas saberão que não somos da guarda do rei se chegarmos no castelo voando. Não queremos que seu avô nos mate. - reviro os olhos.

- Ele não é meu avô. - suspiro. - Como sabem que Faruk estará no castelo.

- Não sabemos. - desvio de uma aranha peluda e continuo seguindo os três. Sorrio. Agora Faruk poderá me sentir.

Um diabrete voa a toda velocidade e abre a boca mostrando os dentes para mim. Solto um sorriso sombrio. Estico a mão assim que ele mostra as garras e tenta me acertar.

Agarro seu pescoço e em um golpe rápido, estalo. Ele me olha com os olhos arregalados e fecha a boca lentamente. Olho para frente e os três me olham com assombro.

- Você não tinha desviado a minutos atrás de uma aranha? - ele pergunta incrédulo. Assinto.

- Você não deveria julgar minha força por causa de uma ara... - som de asas cortam o silêncio. Muitas asas. Arthur arregala os olhos e olho para trás. Uma legião de diabretes. Gael é o primeiro a voar.

- Ó meu Deus! - Drogo solta. Solto o diabrete no chão e alço vôo fugindo para a direção oposta, Drogo e Arthur estão logo atrás. Sigo Gael e voamos rapidamente a alta velocidade. Agradeço por ver tão bem quando vôo.

Ele faz curvas e mais curvas.

Assim que Gael se esconde atrás de uma árvore olho para a próxima e me atiro contra o tronco. Me encolho e coloco as asas sobre mim. "Diabretes fofinhos não me vejam!" Fecho os olhos e rezo silenciosamente.

Alguns minutos se passam e o som das asas somem. Abro um olho e depois outro. Abro lentamente as asas e saiu do casulo. Ofegando me levanto e olho para trás da árvore. Busco os rapazes entre as árvores.

Vejo quando Drogo abre as asas púrpura e sinto um alívio. Caminho lentamente para ele e vejo quando as asas douradas de Arthur se abrem. Sorrio.

- Que bom que estou todos bem! - olho para a árvore de Gael. - Gael! Pode aparecer. - meu sorriso morre e corro para a árvore. Vejo Gael no chão sangrando e me sento ao seu lado. Arthur se aproxima e levanta uma asa dele. Um lobo morto ao com os dentes a mostra. Começo a ventilar. Gael está deitado de lado e com os dentes cerrados. Uma mordida na lateral direita me assusta muito. Sinto lágrimas se formando em meus olhos - Não ouse morrer agora seu idiota! - peço com a voz trêmula.

Ele virá o rosto para mim.

- O idiota aqui está sangrando e com muita dor. - olho para Arthur e ele se senta ao lado de Gael pressionando a ferida.

Rasgo um pedaço do meu vestido enquanto Drogo levanta ele. Ele rosna com a dor e enrolo o pano de forma que ele não perca sangue.

- Temos que parar um pouco. - Arthur pede. Assinto. Me ajoelho perto de Gael.

- Sente náuseas? Tontura? Qualquer coisa que me diga que está morrendo? - ele ri e cerra os dentes em seguida fazendo uma careta.

- Você precisa aprender a dar esperança aos outros Guardiã! - a preocupação é tanta que ignoro a provocação.

- Responde! - ele nega.

- Foi só um susto. - assinto e retiro três fruta da pochete. Estendo para cada um. Drogo Arqueia uma sobrancelha.

- Como cabem tantas? - dou de ombros.

- Pedi de aniversário para Faruk. Ele disse que nós não passaríamos fome se viajassemos por um mês. Peguei a pochete assim que decidi vir atrás dele. Parece ter muitas frutas aqui.

Drogo fica boquiaberto. Comemos e nem por um segundo tiro os olhos de Gael. Me preocupo que ele vá desmaiar.

Passam algumas horas e a exaustão é tremenda.

- Se eu não tomar um banho no próximo dia estarei matando todos ao meu redor! - me deito perto de Drogo. Ele não parece ligar.

- Amanhã teremos que voar com Gael até algum rio. - Assinto. - ele precisa estar limpo para a ferida não infeccionar. - "Ufa!"

- Viu Gael!?

- O que é Guardiã? - ele pergunta com tédio.

- De algo serviu essa mordidinha aí. - ouço quando ele resmunga. Rio. "Faruk teria feito essa piada se ele estivesse aqui...". Suspiro.

A melhor coisa nele era seu humor ácido. Tinha uma pitada de duplo sentido sempre e ele não perdia uma.

Era perder um amigo, mas não a piada.

- Dorme guardiã e pare de me irritar.

- Farei isso agora mesmo! - digo e sorrio.

FARUK II - A Rosa VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora