Soluço.
Ele mantém o olhar em mim, mas nenhum sentimento cruza seu olhar. Agora quem está quebrando sou eu. Sinto um braço em meu ombro. Não preciso saber qual dos rapazes me toca, o único toque que desejo é o de Faruk e Ele está alheio a minha presença.
- Fala Faruk! - Gael grita. Faruk se sacode se desvencilhando das mãos de Gael e mantém o olhar em mim. Respiro ofegante.
- O que ela está fazendo aqui? - sua voz é tão fria quanto um iceberg. Me matando. Abro a boca e em seguida fecho. Gael ri com amargura e segura o queixo dele.
- É assim que você recebe a mulher que está arriscando a própria vida para te encontrar? - ele mantém os olhos em mim e me olha de baixo para cima. Nojo. Sinto minhas pernas fraquejarem.
- O. Que. Ela. Está. Fazendo. Aqui? - ele diz cada palavra com raiva. Seus olhos se tornam vermelhos e ele olha para Gael. Dura apenas um segundo. Ele lança Gael longe com apenas um empurrão. Ele volta a olhar para mim e olho para Gael. Ele bate contra uma árvore agonizando. "Gael!?" Não consigo me mover. Vejo Arthur e Drogo se colocarem a minha frente e vejo Faruk caminhando como um felino em minha direção. Passos leves como sempre. Predador.
- Ficou louco? - Arthur grita. Vejo quando ele é jogado para cima e rola no chão fechando as asas sobre o corpo.
- Faruk!? Você não está pensando... Você não quer machucar ela. - Drogo tenta e recebe um soco no estômago, ele revida e tenta lançar um soco no rosto de Faruk, ele simplesmente segura o punho de Drogo e torce. Drogo grita e se curva segurando a mão.
Recuo um passo enquanto ofego.
Ele se aproxima e continuo recuando. Tropeço e caiu sentada olhando para seu rosto. Negro. Nada além de escuridão. Pura escuridão. Me arrasto para trás e me apoio em meus cotovelos quando ele se curva sobre mim e coloca as mãos ao meu lado. Uma de cada lado me prendendo.
Seu rosto para a centímetros do meu e sinto sua respiração tocando minha pele. Arthur puxa a espada e corre em minha direção. Faruk ergue a mão e uma névoa negra ronda Arthur, ele é lançado a toda velocidade no rio. Olho para Arthur horrorizada e tento ir até ele. Me levanto e saio de perto de Faruk. Lágrimas quentes escorrem.
- Arthur! - digo e corri para o rio. Mãos firmes seguram meus punhos por trás e grito caindo de joelhos, sou forçada para cima e caminho ofegando e sendo empurrada contra um tronco. Faruk espreme meu corpo contra o tronco e usa as asas para nós cobrir. Olho por cima de meus ombros.
Soluço.
Ele se aproxima do meu pescoço e sussurra em meu ouvido.
- Por que diabos você está aqui? - piso algumas vezes sentindo as malditas borboletas em meu estômago e sem que eu possa controlar meu cabelo começa a brilhar. Uma luz vermelha ilumina o casulo que ele criou com as asas. Sua voz grave e rouca continua mantendo os malditos efeitos de sempre.
Me forço a falar.
- Eu vim te buscar. Você disse que quebraria! Queria que eu cruzasse os braços enquanto você estava desaparecido? - ele suspira. Tento olhar para seu rosto e ele impede. - Deixe-me olhar seus olhos... - suplico com a voz trêmula. Ele suspira.
- Você vai voltar com os outros e ...
- Não! Vou voltar com você! - digo ignorando qualquer besteira que ele tente me dizer - Não me importo se você é um carrasco com imensas asas e uma força descomunal! Eu não vou seguir sem você! Foda-se seus malditos seiscentos anos! Eu não quero saber o por que está aqui, só te peço que retorne. - ele ri enquanto junta meus punhos e segura com uma mão. Ele usa a outra para prender minha cintura e aperta contra seu corpo.
- Minha doce Ada... - Meu coração quer sair pela boca. Frieza. Somente escuridão. - Você vai voltar por que me ama tanto a ponto de simplesmente fazer isso. - nego.
- Não irei sem você. - digo ofegando. Ele crava as unhas em minha barriga e só não fura por causa do vestido que impede que as unhas cheguem mais perto e atravessem.
- Quer que eu lhe peça com gentileza ou com agressividade... Posso fazer isso! - nego. "Ele não me machucaria."
- Você não me machucaria de propósito. - sinto calor perto do pescoço e a voz torna a falar em meu ouvido.
- Quer arristar minha criança? - fecho os olhos.
- Por que? - pergunto. Soluço. Lágrimas. Estou despedaçada.
- Eu deixei de te amar quando voltei para cá. Não vou te dizer os motivos. Apenas se conforme que é parte de um Faruk que morreu quando voltou atrás. - suas palavras me fazem sangrar por dentro. "Mentira!"
- Não é verdade! - sinto novas lágrimas lavando meu rosto. "Mentira!"
- Pode não acreditar ... - sua voz falha um pouco e ele limpa a garganta. - Mas é verdade. Você morreu para mim. Não me faça te matar para comprovar isso, já tenho sangue o suficiente nas mãos minha criança. - soluço. Sinto meu corpo mole e Faruk se afasta. A luz dos meus cabelos morre. Caio de joelhos no chão e choro descontroladamente. Sinto-me fraca. Olho para trás e vejo quando Faruk simplesmente coloca a capa e baixa o capuz sobre o rosto. Só posso ver seus lábios e seus olhos estão longe de mim.
Rejeitada pela única pessoa que me restou.
- Você não pode fazer isso! - grito. - Só tenho você... - sussurro. Ele sorri e sinto pena de mim mesma.
- Eu posso. - sua voz profunda bagunça minha mente. Ele se torna sério. - Vá com eles e suma para sempre da minha frente! - ele rosna e meu mundo desaba. "Força Ada. " Relutante me coloco de pé.
Caminho para perto de Gael, Drogo levou o corpo desmaiado de Arthur para perto de Gael que está sentado segurando o ferimento. Uma mão de Drogo está quebrada. Cada passo que dou é como um punhal cortante acertando meu peito.
Passo por Faruk e algumas mechas do meu cabelo voam. Estou anestesiada pela dor que quase não percebo quando sua mão roça a minha. Choro alto e não me importo que ele veja e sinta a minha dor. "Se é que ele é capaz de sentir."
Ouço quando asas batem forte e vejo Drogo ameaçando voar. Nego com a cabeça e soluço. Caiu de joelhos e olho para trás. Faruk some entre as árvores.
"Não..."
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FARUK II - A Rosa Vermelha
FantasiaWtf mundo???? Dois? Finalmente! Após todo o sofrimento, Ada começa a ter estranhos pesadelos que terminam sempre antes de ter uma explicação. O pior? Faruk sumiu. Agora ela tem que correr contra o tempo para salvar seu amado... Vem comigo em mais...