Capítulo LVI

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- Mataste quase todos meus irmãos! - ele rosna e se lança em minha direção. Cubro meu corpo com as asas e vejo pela fresta quando ele se afasta. Mais gritos. Bruxos tentam me acertar e provavelmente estão sendo torrados.

- Não matei coisa nenhuma! Faruk pegou a maioria! - ouço uma gargalhada e abro as asas me endireitando e giro a espada para pegar em seu braço. Meu braço direito dói. "Certeza que está cortado!" Ele se defende. Mais feitiços em minha direção. A barreira parece firme ainda. Ele me encara e recua voltando com tudo com a espada. Defendo e acabo caindo sentada com o impacto.

- Vocês estão juntos! Esperem até ver o principal líder lutando! Morrerão! Acha que suas tropas conseguirão abater ele!? - ele diz e lança a espada. Desvio e ela passa ao lado do meu pescoço. Ofego. Sinto quando outra espada se aproxima e estico o braço. A lâmina derrete antes de atingir minha mão. Olho para frente e um feitiço é lançado. A barreira quase quebra e respiro com dificuldade.

"Droga." Me levanto e giro com rapidez. Gritos. Mais bruxos queimados. A carga de feitiços é muito alta, apesar dos ataques dos ogros, lobos, duendes e diabretes não me alcançarem por causa do fogo e os gritos serem bem vindos. Os feitiços estão começando a sobrecarregar a barreira por causa desse velho bonitinho.

- Acho que você não nos conhece bem! Matamos os seus e somos somente dois! - grito e ele rosna lançando outro feitiço, resolvo bloquear e cubro meu corpo com a asa enquanto ouço gritos agonizantes. Sinto quando bate contra minha asa e sou lançada para trás e para cima. Caio logo depois me chocando com o chão e alguns seres. "Velhinho forte em!" Gritos. Trovões. Mais queimados. Rolo no chão e me levanto abrindo e fechando as asas para queimar em volta. Procuro a espada e a perdi! "Isso não é bom!" Olho para o alto e vejo Faruk matando diabretes enquanto luta contra um bruxo negro. Que por sinal é outro dos nove, pois é muito bonito.

Olho para os lados e cubro meu corpo com as asas enquanto sou atacada com feitiços e espadas. Sinto o choque e estou ficando cercada. "Pareço uma migalha de pão em um formigueiro!"

***

Gael...
- Finalmente chegaram! - Arthur diz enquanto grifos, unicórnios, elfos, seres alados, fadas e humanos descem a pilha de corpos. Observo e suspiro.

- Espero que eles estejam bem. O som que vem da floresta é horrendo! - digo e Drogo puxa a espada da bainha.

- Finalmente vamos entrar. - Arthur limpa a garganta.

- Não sei se quero lutar lá. Temos poucos homens. Será um massacre se eles usarem feitiços em massa contra nós. - suspiro.

- Não temos escolha, mas temos fadas em abundância ainda e elas sabem lutar contra aqueles infelizes com vassoura. - digo e Drogo bufa.

- Ada não deveria lutar grávida! - assinto enquanto eles se aproximam, puxo a espada da bainha e assim que Arthur e Drogo erguem a espada, ergo a minha e gritos de guerra são bem vindos.

- Prontos!? - Arthur e Drogo assentem. Elfos, fadas, humanos e seres alados com arco e flecha e alguns com espada entram na floresta enganosa. Nenhum ser alado brilha. Os arqueiros, fadas e seres alados voam com cautela entre as árvores se escondendo. Elfos vão no chão com a mesma cautela e guerreiros humanos, seres alados, grifos, unicornios e fadas entram com velocidade total. Nova tática de ataque. Corremos e assim que estamos perto, bruxos, duendes, ogros, diabretes e lobos se lançam em nossa direção. Antes que os diabretes atinjam nós que lutamos com espadas começam a ir ao chão. Os arqueiros realmente são bons.

Me lanço para cima e desço com a espada na vertical sobre um ogro e ele vai ao chão, uso o corpo dele para pegar impulso e me lanço girando a espada e cortando alguns lobos. Ergo a espada assim que feitiços vem em minha direção. Puxo a outra espada da bainha e giro as duas no ar me defendendo dos feitiços. Sou rápido o suficiente para impedir que eles me acertem com força.

Acerto mais alguns lobos e desvio da mão de um ogro quando ele tenta agarrar minha cabeça, lanço uma espada para o alto e uso a outra para defender -me dos feitiços. A espada de cima acerta a mão do ogro que grunhe. Pulo em seguida por cima de alguns lobos corro abrindo os braços e acertando alguns pescoços. Abaixo uma espada e bloqueio um golpe de espada em minha barriga, uso a outra para produzir força suficiente para derrubar um ogro ao meu lado. Continuo firme e forte lutando contra eles. Avançamos em meio ao caos da guerra enquanto gritos tanto dos nossos quanto dos deles ecoam pelo ar, dois bruxos com espadas se jogam para perto e giro defendendo meu corpo com habilidade.

Renato o ataque de um com uma espada e defendo o outro dos golpes dirigidos para mim. Sou rápido o suficiente para causar dano ao que rebato. Uso Tudo de mim, Tudo que tenho para me defender.

O som das lâminas é bem vindo, sinto um alívio tremendo, meu coração pertence as guerras, as lutas, a todo o caos que corre no sangue de muitas gerações de seres místicos. O lugar mais perturbado me oferece a mais bela paz. Devemos nossas vidas aos guardiões e eles a nós.

E hoje o prazer é dobrado por lutarmos lado a lado prezando tanto um pela vida do outro que perdê-la não é uma opção. Quando se luta com sentimentos é mais fácil ganhar.

E é sabendo que posso defender aqueles que confiaram a mim. Mulheres. Crianças. De todos os reinos.

É essa confiança que nos faz ser mais forte, mesmo que o inimigo tenha vantagem em número, temos vantagem em união, companheirismo, boa vontade e nossa única fraqueza em campo será as lâminas.

Uma distração que me acalma. Por que eu! Gael! Prometi fidelidade ao meu povo e escolhi lutar ao lado deles. Defende-los. Mesmo que isso me custasse a vida.

Por que eu! Gael! Chefe da guarda! Estou disposto a salvar a vida dos meus guardiões.

FARUK II - A Rosa VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora