Choro e penso em meu filho! Faruk é definitivamente um cretino!
- Pare de dizer o que sou ou não! Estou grávida do seu filho babaca! - grito e ele solta meus ombros e senta paralisado.
- Eu...
- Você nada! Você tem que parar de tentar me colocar contra você! O que quer? Fugir? - fungo e me apoio sobre os joelhos. Soco seu ombro e ele me encara confuso. Rodo a mão e dou um tapa na face pálida. - Quer me afastar!? Acorda!!! - grito. - Seus joguinhos psicológicos não funcionam mais! Pararam de funcionar a muito tempo! Eu não quero ouvir suas desculpas para o quão imbecil está sendo! Sabe o que quero? - ele engole seco e acaricia o rosto fechando os olhos e apertando o maxilar. - Não sabe! Então não me diga o que sou! Vai se fuder você e sua prepotência idiota! Seu i-d-i-o-t-a! - ele me encara e um sorriso sombrio aparece. Ofego e fecho minha boca secando as lágrimas restantes. Ele balança a cabeça e sei que não deveria ter explodido. Ele se move lentamente e passa a língua sobre os lábios enquanto se aproxima. Suspiro e me sento sobre a cama. - Vai tentar o que? Provar o quão estúpido é? Quer outro tapa? Posso dar! - ele se aproxima e me deito, ofego. Ele me prende sob seu corpo e para a centímetros do meu rosto. - Sério, irei te bater dessa vez com os punhos cerrados. - ele nega e passa dedos longos e finos em minha bochecha, a unha faz uma leve pressão. Engulo seco e abro a boca para falar. Ele não deixa e toma meus lábios em um beijo selvagem, sinto seu gosto viril e masculino, raiva e dor em seu beijo forte e duro. Ele morde meu lábio inferior e encaro olhos negros passando ao violeta. Ele aperta gentilmente e solta balançando a cabeça.
- Quer me castigar? Sabe que não gosto quando me desafia... - espremo os olhos.
- Também não! - digo com firmeza e ele sorri.
- Você perguntou se não sei o que quer... - ele solta um sorriso perverso - Eu sei minha criança. - engulo seco. - Quer que eu diga? - sinto meu coração querendo saltar pela boca.
- Você é literalmente um desequilibrado de merda! As pessoas desaparecidas te odeio por sempre fazer isso quando discutimos. - ele sorri.
- Não me respondeu. Quer que eu diga? - assinto. Ele se aproxima do meu ouvido e sua respiração roça meu pescoço e minha orelha. - Você me quer agora e dentro de você... - ele sussurra e o amaldiçoo. Empurro seu corpo e ele não se move. - Confirme Ada! - ele exige e tento empurrar seu corpo novamente.
- Quero dormir! - digo e ele suspira se levantando com cautela e com a agilidade de um felino. Ele se deita na cama e estende a mão em minha direção, me arrasto para seu lado e me aconchego ao seu lado. Ele acaricia meu cabelo.
- Você tem razão. Estou tentando te afastar... - ele diz por fim. Sorrio internamente.
Teimoso.
Um grande gostoso e infernalmente teimoso!
***
Acordo e me espreguiço sentindo a cama vazia. Abro os olhos lentamente bocejando. Olho em torno e nada. Me sento na cama.
- Faruk? - Olho em volta. Assim que me levanto sinto náuseas. Corro para a janela e olho para baixo. Suspiro. "Calma." Olho para trás e assim que vejo um vestido ao pé da cama agradeço Faruk internamente. Corro e puxo o vestido para perto. Visto às pressas e não consigo fechar o espartilho antes de sentir meu estômago reclamar. Corro para a janela e alço voo baixando em seguida. Vomito. Seguro o vestido para ele não cair e me deixar nua. Sinto uma mão em meu ombro e olho para o lado. "Rainha." Sorrio fracamente. - Já retornaram? - ela assente.
- Ontem em meio a chuva precisávamos de abrigo e resolvemos retornar... - ela segura um lenço sobre o nariz. O cheiro de podridão, sangue e a umidade está forte. Me abaixo e vomito novamente. - Quer um médico? - nego e respiro buscando fôlego. Me endireito.
- É normal... Enjôos matinais... - ela sorri.
- Quero tê-los em breve... - sorrio.
- Terá. - ela assente.
- Obrigada por ajudar meu rei nessa batalha. - assinto.
- Não me agradeça... - meu coração palpita - Pode fazer algo como agradecimento na verdade. - ela assente.
- Será um prazer ajudar-lhe. - sorrio.
- Pode me mostrar o jardim... Gostaria de ver a Roseira mais bela do jardim. - ela sorri.
- Bom, estou plantando ainda, mas tem uma nova nascendo. Cheguei hoje e notei que um pé novo começou a crescer, não estava antes dessa guerra. - assinto. Começo a seguir seus passos. Ágatha está morrendo e a Roseira dela está crescendo. Suspiro.
- Quero ver onde ela cresce... - ela assente. Começamos a caminhar para o jardim. Entramos no castelo e seguro o vestido para não cair aos meus pés. Ela bem que podia fechar meu espartilho! Caminhamos pelo salão e vou chutando o vestido. Seres alados, fadas e ninfas limpam o salão e concertam alguns locais. O trabalho é árduo.
Não sei onde Faruk se meteu, mas deve estar ocupado limpando as bagunças.
Assim que atravessamos o salão vamos para o corredor e em seguida a cozinha, saímos dela e chegamos ao jardim, ela me guia a uma roseira que começa a crescer, as outras estão machucadas, mas essa está bem vistosa. Olho em volta. "Pelo menos Faruk está mais feliz!"
- É essa... - assinto e olho para ela sorrindo.
- Obrigada Rainha! - me curvo. Volto a olhar para ela e ela sorri.
- Deve ser importante. - assinto.
- Essa roseira será a mais bela de todo o jardim por longos anos e vai dar as rosas mais lindas. Ela será a prova de que nem toda a beleza é boa. Que as vezes a beleza é uma maldição no lugar de benção. - a rainha pisca confusa.
- Devo arrancar? - nego.
- Deve zelar dela. Ela precisa existir para ser destruída, mas não pela vossa senhoria e sim por mim. Pode mantê-la viva e bem cuidada? - ela assente.
- Por que tem que ser destruída somente por você? - suspiro e olho para o céu. Azul e nuvens como algodão.
- Por causa de uma coisa chamada destino... Ou como dizem... A roda da vida.
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FARUK II - A Rosa Vermelha
FantasyWtf mundo???? Dois? Finalmente! Após todo o sofrimento, Ada começa a ter estranhos pesadelos que terminam sempre antes de ter uma explicação. O pior? Faruk sumiu. Agora ela tem que correr contra o tempo para salvar seu amado... Vem comigo em mais...