Capítulo XXVI

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- Vamos nos preparar, toda a extensão da floresta enganosa já está tomada dos bruxos. - meu coração palpita. Trovões cruzam o céu. O rosto angelical continua - Temos o apoio de alguns seres místicos. Diabretes... - "Era de se esperar daqueles pequenos voadores." - ogros, toda a matilha de lobos... - "Isso explica a escassez de lobos na floresta enganosa no futuro!" - Algumas fadas e duendes - "Traidores!" - e todos os gigantes machos! - Arregalo os olhos e engulo seco, acabo me engasgando e tossindo. Eles me encaram e faço um gesto para que prossigam. "Gigantes!?" Não que eu não seja capaz de enfrenta-los, mas um por vez já é exaustivo. - Precisamos ver qual a melhor tática de ataque. Qual organização no campo de batalha nos daria vantagem. - os outros concordam. Sinto-me um pouco enjoado.

"Será massacrante conforme os seres místicos que decidiram se unir ao rei."

- Eu acho... - o homem por quem me afeiçoei começa - os gigantes deveriam ir na linha de frente e logo em seguida, os lobos misturados com os ogros. Podemos nos misturar no céu com as fadas e diabretes. - sinto uma breve tontura. Limpo a garganta.

- Sabem que tipo de seres místicos vai se juntar ao rei? - o rosto angelical nega.

- Por isso concordo com Kreakor! - Kreakor é o bruxo que me afeiçoei. - Essa é uma boa formação, fará muitas baixas mesmo que eles decidam fazer uma formação de defesa como nós. - "Ada..."

- É totalmente compreensível. - digo. - É uma excelente formação. - concluo. "Boa até demais para meu gosto!"

- Agora que temos a formação feita, devemos avisar ao restante dos nossos. Precisamos que um mensageiro vá até o acampamento dos Gigantes, outro vá até as fadas e duendes. E alguém para os diabretes. - o rosto angelical é o bruxo mais velho com toda a certeza. Suas ordens sempre recebem mais mérito.

- Eu irei até os gigantes. - os siameses lançam. Olho para o bruxo de feições duras.

- Irei até os diabretes. - em seguida o loiro fala.

- Irei até as fadas. - "Claro! É fácil lidar com elas!"

- Eu irei até os duendes. - o velho fala. Por fim o rosto angelical me encara.

- Você vai comunicar nosso povo! - trovões ressoam. Sorrio sombriamente.

- Será uma honra. - digo e me coloco de pé. - Quando? - ele se vira para os outros.

- Podem ir para os acampamentos. - ele se vira para mim - Fará isso amanhã ao cair da noite. - " Por sorte é um dia antes de minha partida."

- Farei isso amanhã a noite. Pedirei para que se reúnam no meio do acampamento. Vou direcionar a mensagem a cada um deles. - ele sorri.

- Vamos acabar com eles irmãos. - ele diz e se levanta sorrindo e passando o olhar em cada um até voltar a mim. Suspiro.

- Bom, vou sair e treinar. Tenho muito a fazer. - digo e me viro para a saída. Caminho a passos lentos e estendo a mão antes de chegar a porta. Ela se abre e passo com sangue nos olhos.

"Uma dádiva estar entre tantos assassinos!" Bufo.

' Gael? Pode me ouvir? Preciso que vá até a floresta enganosa e retire minha mãe, meu eu menor, Arthur e Drogo de lá. Agora!'

Ordeno. Caminho com graciosidade para minha cabana. Eles tem que estar longe da floresta enganosa imediatamente. Se ela está realmente sendo dominada, logo estarão rondando a cabana de Ágatha. Eles precisam sair de lá e ir para um lugar seguro.

' Farei isso! Me lembre de socar sua cara quando eu lhe ver! '

Suspiro. Entro na cabana e fecho a porta.

' Tem todo o direito de estar bravo, mas deixe para expressar sua raiva depois. Precisa fazer isso. Não tenho boas notícias de onde eu estou e não quero ter que revelar ser um traidor antes da hora.'

Ouço um burburinho do lado de fora e saio para ver o que é. O vento sopra forte. "Preciso ver Ada..."  meu controle está se esvaindo. A bruxinha caminha para minha direção e seus cabelos esvoaçam no vento. Ela se apressa e leva a mão para perto do rosto. Em segundos está parada a minha frente.

- O vento precisa parar! Está ficando cada vez mais forte... - ela parece assustada. Suspiro.

- Mesmo se eu quisesse não posso conter. - "Preciso de Ada."

- Como não?! Eu vi como o tempo mudou quando acordou! - ela parece brava. Sorrio.

- Esta com medo? - ela assente. "Tão óbvia!" Reviro os olhos. - Se afaste da minha cabana e me dê alguns segundos... - ela olha para cima e as copas das árvores ricochiteiam para lá e para cá. Ela torna me olhar e assente se afastando.

Entro e fecho a porta.

Me sento na cama e fecho os olhos. "Ada..."

Foco o pensamento nela e tento não pensar no perigo que ela corre. "Mais um dia e irei ao seu encontro." Suspiro.

Lembro do som de sua voz e de seu sorriso. Penso em seus olhos. Lindos olhos e algumas sardas. A boca quase em forma de coração e de um vermelho vivo. As mãos delicadas e pequenas capazes de me fazer chegar ao céu em vida.

Os cabelos vermelhos e brilhantes. A ruiva mais linda que já vi e toquei. A pele pálida e as curvas bem definidas. Nada fora do lugar. "Ada..." Tento lembrar-me do calor de sua pele e sentir seu toque mesmo a distância.

Relembro sua força e coragem. Sua boca suja muitas vezes solta um palavrão desagradável. "O que fazer com você pequena..." O abraço forte e as lágrimas. Sua boca é mais macia quando ela chora.

Meu coração aperta. "Odeio ver ela chorar!" Me lembro de todas as vezes que me ajudou a recolher os corpos depois de uma tempestade. Tão bondosa.

Existem pessoas que tem o coração de milhares. Ada é uma delas.

Abro os olhos. O vento diminuiu e os trovões pararam. Olho para minhas mãos. Suspiro. "Muito bem Faruk!" Sorrio.

Você conseguiu se acalmar.

Me deito e fecho os olhos.

"Temos um longo e estressante dia cercado da escória." Torço o nariz.

É guerra que eles querem? Faruk Vai Fazer a guerra acontecer.

Obg por cada comentários, voto e por cada capítulo que lêem. É muito bom saber que tem pessoas que gostam de Faruk.

FARUK II - A Rosa VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora