Capítulo XLVI

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Vôo para o gigante e desvio de suas mãos quando ele tenta me pegar, vento passa por meu corpo. Alcanço a altura de seus olhos e me impulsiono para um olho.

- Tome essa Grandão! - a espada crava seu olho e sinto quando um líquido me encharca. Evapora no segundo seguinte. Cheiro forte invade meu nariz. Ele grita e sinto quando sou lançada longe. Giro incontáveis vezes no céu até recuperar o equilíbrio.

***

Gael ...
Bato a espada algumas vezes contra a mão do gigante e ele me solta. Vôo para cima e Arthur me encara de longe enquanto acerta uma fada.

- Está tudo bem? - ele grita enquanto voo para o braço do gigante.

- Está! Foque aí em cima! - cravo a espada em seu braço enquanto outros seres alados fazem o mesmo. Desço impulsionando a espada e ela rasga o braço do gigante, ele se debate e retiro a espada me afastando. Assim que os seres alados se afastam o gigante tomba para trás. Bum! É o som mais reconfortante para meus ouvidos quando ele vai ao chão esmagando os seus. Sorrio e olho para trás. Vejo Ada e ela está cercada por Fadas. Ela gira a espada enquanto outras fadas atingem seu corpo. Ela se defende, mas não durará muito tempo se continuarem atacando. Ela gira e suas asas queimam, algumas grunhem se distanciando. Seres alados descem e atacam algumas, mas ela está cercada. Lembro do que Faruk disse. "Não importa o que ver em campo de batalha! Foque nos gigantes! Depois que derrubarmos eles o resto será fácil!"

" E agora? "

- Gael! - Arthur grita e me viro desviando da mão de outro gigante. Arthur me amaldiçoa - Foque nos gigantes, vai perder a vida olhando para o nada! - ele grita. Vôo em direção ao peito do gigante enquanto ele ruge.

"Aguente Ada!"

***

Faruk...
' Faruk! Uma mãozinha!'

A voz de Ada invade meus ouvidos e viro fumaça. Sigo meus instintos e apareço em meio às suas asas. Quente. Ela queima, mas não o meu corpo. Vôo para cima para não desequilibra-la. Ada gira uma vez mais com a espada e usa as asas como escuto quando gira a espada chocando contra várias lâminas. Ela está cercada e vejo um corte na calça. Sangue. Sua perna foi atingida em algum momento. Abaixo as mãos em direção a ela e névoa negra envolve Ada. Crio uma onda de força em torno dela e as Fadas são lançadas longe. Ela olha para cima.

- Obrigada! - assinto e volto a me materializar no meio das bruxas, estou distante do coração da batalha por motivos simples. Não machucar os meus. Trovões. O vento começa a aumentar. Termino de me materializar puxando a espada da bainha e acertando os bruxos e fadas ao meu redor. Sangue e ossos quebrando enchem minha visão e gritos agudos enquanto mais bruxas e fadas vão ao chão. Olho para baixo a alguns quilômetros onde os gigantes pisam e sei que estamos perdendo força em cada pisada dos gigantes. Volto a espada para a bainha e abro os braços criando um círculo vazio ao meu redor ao envolve-los em névoa.

Mais deles caem e sei que alguns não estão morrendo e sim indo para o chão. A batalha aqui está longe de acabar.

Sinto ondas de energia atingindo a barreira que crio ao meu redor e fecho os olhos absorvendo a grande quantidade.

- Não usem magia! - ouço quando uma voz feminina ecoa e abro os olhos. A bruxinha está nesse ponto e me encara com ódio no rosto. - Usem as espadas! - sorrio.

- Tentem! Não podem me tocar! - grito e ela se espanta ao ouvir minha voz. Grave e assustadora. Os ataques param e fecho as mãos, abro novamente expulsando a quantidade de energia que recebi. Um grande buraco ao meu redor. Mais delas ao chão.

Gritos de raiva ecoam e sinto quando espadas são lançadas em minha direção. Puxo a minha e bato as asas com força, elas são afastadas e impulsiono o corpo em direção a uma delas.

Giro a minha espada e ela gira a dela. As lâminas se chocam e produzem um som ensurdecedor. Ela joga a espada para trás e lança contra mim. Giro a lâmina da minha com força em torno da dela e a espada é arrancada de sua mão, me impulsiono para cima e agarro o punho da espada. Fecho as asas e coloco as espadas em cruz na vertical, desço e atinjo os peitos da bruxa, a roupa rasga e ela solta um grito estridente. Um pouco de resistência é sentido quando corto as costelas de um lado e outro. A bruxa despenca abro as asas girando e bloqueando um golpe. Olho para trás e outro golpe vem em minha direção. Trovões. Uso toda minha raiva e clarões no céu me indicam que mais raios caíram em torno.

Defendo mais um golpe e luto com as espadas em cada mão. Giro no céu e sinto quando uma dor atinge a ponta de uma asa. Fúria extrema me domina. Giro e impulsiono contra a bruxa que me atingiu. Giro as espadas em cruz e cravo uma em seu abdômen e outra em seu coração. Volto a girar e guardo uma espada na bainha. Estendo a mão livre enquanto defendo meu lado com a outra. Uma névoa negra cobre minha mão antes de impulsionar para frente.

- Queimem! - grito enquanto sinto minha mão aquecer e impulsiono para o lado. Defendo com a outra mão mais golpes de espada. Gritos agonizantes ecoam enquanto bruxas caem. Chama negra as envolve.

Volto a puxar a espada da bainha e giro o corpo completamente enquanto dou um salto no ar para cima e baixo sobre a cabeça das infelizes. Desço girando sobre elas com as espadas na horizontal. As espadas são como as hélices de um ventilador quando termino abaixo delas. Sangue me cobre e corpos vão ao chão.

Volto a subir guardo uma espada na bainha quando sinto feitiços novamente sendo lançados. Uso a lâmina que restou em minha mão para defender meu corpo e o feitiço ricochetea.

Olho em volta e vejo céus e terra sangrando. A guerra mal começou e um mar de sangue já é notável.

FARUK II - A Rosa VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora