III

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Park JiSung

Eu voltei pra casa depois daquilo e não, não consegui tirar aquilo da minha cabeça. Por que aquele menino simplesmente sumiu do nada? E como ele fez isso?

Se bem que, depois que ele me curou, tudo era possível vindo daquela floresta.

Cristais? Como assim cristais dentro da água? E por que TANTOS?

Eu tinha tantas, tantas perguntas não respondidas e eu não conseguia achar um meio de respondê-la que não fosse aquele garoto.

Afinal, eu não podia contar isso a ninguém. Poderiam me matar, ou fazer algo pior. Mas, espera, teria algo pior que a morte?

Hoje, por algum motivo, o meu pai me disse para ficar em casa, apenas descansando. Disse que minha mãe e minha irmã poderiam precisar de ajuda ou algo assim.

Ok, tudo bem. Eu fiquei tranquilo porque elas realmente poderiam precisar de mim. Mas meu pensamento logo foi embora quando alguém bateu na porta e minha mãe foi atender, voltando com a Haneul.

Então, era isso, pai?

- Ah, oi, Oppa. Eu encontrei seu pai no caminho, ele me disse que você não iria trabalhar com ele hoje. Então, eu vim aqui. – Ela sorriu, fofa.

- Oi, Haneul. Ah, claro, obrigado pela visita. – Agradeci com um pequeno sorriso.

A minha mãe disse que iria para a cozinha e nos deixou sozinhos. Olhei para a menina ali a minha frente, que parecia estar pensando no que conversar. Aí que eu tive uma pequena ideia.

- Vamos andar um pouco. – Abri a porta de casa e saí, tendo ela me acompanhando.

Começamos a andar pelo vilarejo, cumprimentando algumas pessoas. Andamos e andamos, sem nem percebermos exatamente aonde estávamos, até que paramos no centro do Vilarejo, onde de encontrava um chafariz, grande e feito de pedra. Pessoas ficavam ali perto dele quando precisavam pensar.

Sentamos na borda do mesmo, calados a princípio. Até eu decidir quebrar todo aquele silêncio.

- As pessoas falam tanto daquela floresta, eu acho isso estranho, sabe. O que você acha que tem lá? – Perguntei, não muito discreto, claro. Pelo visto, minha curiosidade falava bem alto.

- A floresta? Bom, meus pais sempre me contaram que ela é amaldiçoada, que ela é como uma maldição a esse vilarejo. Já ouvi pessoas dizendo que ouvem vozes cantando ou até mesmo galhos se quebrando. Se é verdade, eu não sei, mas pelo o que as pessoas dizem, os boatos parecem verdadeiros. Mas por que se interessou por isso? – Ela se virou um pouco pra mim.

Ah, droga, eu não sei mentir.

- É que eu não acredito muito nisso, sabe. E se for acreditar, gosto de ver com meus próprios olhos. – Dei de ombros.

- JiSung, não me diz que você quer entrar lá. – Ela ficou surpresa e assustada ao mesmo tempo. Era normal, não é? Ela não sabia. – Isso é praticamente pedir pra morrer. Não sabemos o que tem lá dentro.

- Não há nada, não fique preocupada. Aliás... Você poderia vir comigo – a encarei pra ela com um olhar sugestivo.

- O quê? Não, JiSung. Eu não entro lá. E se não sairmos? E se algum bicho nos devorar? – Ela falou, se levantando.

- Não, não vai acontecer nada. Prometo que sairemos vivos. – Disse, dando um jeito de ser meio convincente com a voz.

Ela respirou fundo, parecendo pensar bastante. Ela concordou com a cabeça, depois de uns minutos.

My Little Elf - ChenSungOnde histórias criam vida. Descubra agora