Prólogo (Anna)

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Como toda história, uma vida tem começo, meio e fim.

A minha vida já teve fim. Isso, em 1918. Mas eu era mais teimosa. Gostava de insistir no erro. Então tentei de novo. E de novo acabou.

Não insisti no erro desta vez. Mas não era como se eu pudesse fazer alguma coisa para mudar a situação.

Quando a vida está acabada, nenhuma solução, nenhum remédio é tão bem-vindo como a morte. Isso era o que eu acreditava, mas era também um luxo ao qual eu não podia me conceder. Vampiros não morrem — são mortos. Ou em um ato desesperado, atiram fogo em si mesmo, mas no meu caso não funcionaria. Porque embora eu tivesse procurado avidamente todas as portas para a morte, ele sempre dava um jeito de me manter viva.

Viva.

Viva. Isso não é viver.

Estrela da TardeOnde histórias criam vida. Descubra agora