Capítulo 05

6K 351 793
                                    

Anahí: Onde estamos indo? – Perguntou, confusa, quando ele a guiou para a saída do hotel – Você prometeu... – Começou.


Alfonso: Sei o que prometi. – Os dois passaram pelo porteiro – Só achei que você deveria ter a experiencia completa. A entrada oficial pra quem vai pra boate é do outro lado do quarteirão, isolada do hotel, te falei. A daqui é só pra administração. – Ela assentiu.


Anahí: Entendi. Não queremos perder o glamour. – Ela quase saltitava, o rosto corado de animação. Os dois caminhavam pela calçada, ele com as mãos nos bolsos e ela basicamente dançando. Ele tinha um sorriso de canto contido, observando-a.


Alfonso: Me diga... – Ela o olhou – Como foi sua manhã no colégio?


Anahí: Foi como você disse, ele tentou fazer piada de mim. Foi chato por um tempo, mas terminou tudo bem. – Resumiu, dando de ombros.


Alfonso: Certo, agora a versão na integra. – Ela o olhou, o cenho franzido – Vamos levar uns minutos pra dar a volta ao prédio, garota. Me distraia. – Ela revirou os olhos, suspirando.


Mas no final, contou. Como chegara no horário, como aguentou piadas a maior parte da manhã até que reagiu na hora do lanche, e como o garoto passara a evitar olhar na direção dela depois de ter virado piada entre os amigos. A conversa fluiu, e ele era um ouvinte atento.


Anahí: Então no final as risadinhas viraram pra ele, e o resto da manhã foi normal. Ah, e a Kris ficou louca com meu sutiã. – Ela riu de leve, tranquila.


Alfonso: Você tira a roupa pros seus amigos? – Perguntou, com um leve tom de divertimento.


Anahí: Só pra ela. Não seja babaca. E é um sutiã bacana. – Dispensou.


Alfonso: Que você não está usando no momento. – Observou, olhando-a. Ela ainda usava o jeans e uma blusinha de alça azul escura.


Anahí: Como você sabe? – Perguntou, exasperada. Ela havia se trocado quando tomou banho, e optou por não usá-lo de novo; ficou com um velho e confiável tomara que caia que combinava com a blusa.


Alfonso: Sabendo. – Ela revirou os olhos – Não serviu?


Anahí: Até demais. Ele só é muito bacana pra ficar usando atoa. Está guardado pra ocasiões especiais. – Ele ergueu as sobrancelhas, entendendo – Não é da sua conta. – Dispensou.


Alfonso: Sim, senhora. Aqui. – Ele a guiou pelas costas para a entrada. – Como você viu, é uma distância considerável da entrada do hotel. Ou seja, mesmo sendo o mesmo prédio e do mesmo dono, um não interfere no outro. – Explicou, em tom profissional de novo.


Anahí: Qual a disposição da fila de entrada? – Perguntou, observando a fachada. Ele sorriu com fato dela estar prestando atenção aos detalhes do negócio.


Alfonso: Muito bem. Nós temos um saguão aqui, onde vamos entrar. As pessoas passam pela revista, fazem o que você pode chamar de "check in" e sobem. Quando lota, e isso acontece logo no início do funcionamento, nós permitimos que as pessoas façam o cadastro e esperem aqui no lobby, confortavelmente, e com acesso a um bar. Atingindo a quantidade máxima em espera, da qual falaremos lá dentro, começa a fila aqui fora. Meu pessoal vem fazer os cadastros das pessoas na fila, logo o tempo de espera é mínimo. – Explicou, de forma fluida – Se a fila de espera passar de 15 minutos sem andar, nós não permitimos mais que ninguém entre na espera. É o que chamamos de encerrar a noite.

Como Eu Era Antes de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora