Capítulo 39

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Henry passou pelo cercado, prestando o juramento e se sentando. Parecia meio fora de lugar com aquelas roupas sociais, mas ela sorriu pra ele, que assentiu.


- Com a palavra, a acusação.


Arthur: Sr. Cavill, quando conheceu a menor? – Perguntou, se aproximando.


Henry: Na festa do lago, ano passado. – Respondeu, tranquilo.


Arthur: Pôde acompanhar alguma parte dessa história toda? – Perguntou, observando-o.


Henry: Soube desde o início sobre a relação deles. – Ele hesitou – Nunca houve nada que pudesse ser errado, exceto as viagens que eles faziam.


Arthur: Como pode afirmar isso com tanta certeza? A conhece a pouco tempo. – Pressionou.


Henry: Bem, ela é minha garota. – Disse, erguendo as sobrancelhas – Se outro cara estivesse saindo com a minha namorada, eu saberia dizer. – Dispensou.


Flashes. Alvoroço. Alfonso observava Henry com o semblante fechado, mas não se moveu. A juíza precisou bater três vezes para recuperar o silencio.


Arthur: Sua namorada? – Henry assentiu – O pai da menor está ciente?


Henry: Bem, eu frequentava a casa, bastante. Ele me viu várias vezes lá. Nós só nunca tivemos "a conversa". – Resumiu.


Arthur: O que fazia na casa, então?


Henry: Apresentamos um número musical no colégio no ano passado, ensaiávamos. Depois eu ia ver ela. – Apontou, dando de ombros.


Arthur: E achava "natural" ela ter uma amizade com um homem mais velho? – Perguntou, igualmente incrédulo.


Henry: Namorar alguém não te dá o direito de escolher as amizades da pessoa. – Cortou - Ela dizia que ele era amigo dela, por mim tudo bem.


Arthur: Tem como provar o que está dizendo, srº Cavill? – Perguntou, cético – Não há evidencias desse relacionamento, nem ninguém havia tomado conhecimento até agora. – Henry negou com o rosto, pensando, mas...


Kristen: Eu tenho! – Exclamou, se levantando da plateia.


Robert: Ficou maluca? – Perguntou, exasperado.


Katelyn: Senhorita Stewart, por favor, seu depoimento foi finalizado. – Cortou.


Kristen: Só que eu tenho, isso não devia ser levado em consideração? Ele pediu provas, eu tenho provas! – Ela apanhou o celular no bolso, mexendo furiosamente.


Arthur: Isso é ridículo. – Dispensou. O tumulto recomeçava. Nate olhava o cenário, estudando.

Como Eu Era Antes de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora