Capítulo 48

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Alfonso: Eu... O que é isso agora? – Perguntou, estático.


Anahí: Só, por favor, não inclua Lívia entre elas outra vez. – Pediu, apertando o abraço entre si. Dizer as palavras a estava matando – Nos custou muito caro. Você pode ter qualquer uma, mesmo.


Alfonso: Outra pessoa? – Repetiu, e ela assentiu – E você não consegue se desfazer?


Anahí: Sei que prometi. Nós dois prometemos, e você cumpriu sua parte. – Ele esperou – Mas eu percebi que eu me importo demais com ele. Eu tentei cumprir minha parte e fazer o que devia, mas... Me magoou.


Alfonso: É o moleque, não é? – Perguntou, entrando no modo de ofensiva – O moleque do seu colégio?


Anahí: Por favor, não fale assim dele. Ele não tem culpa. – Disse, mortificada – Ele nem sequer me pediu isso, ele nem queria ser um problema.


Alfonso: E não vai. Amanhã de manhã, eu faço ele virar passado. – Ela se virou, alerta.


Anahí: Não faz, não. – Disse, a voz clara, e ele ergueu as sobrancelhas pra ela – Você me prometeu, no seu apartamento, que não ia interferir nele ou na família dele. Que "se por ventura ele fosse embora da cidade, seria por decisão deles". – Alfonso recuou um passo, se lembrando da conversa – Foram essas as palavras, eu me lembro bem. Prometeu, e você não mente. Não vai fazer nada com ele, você não pode, não pode nem pedir pra fazerem. Do contrario teria mentido pra mim, e você não pode mentir, não é, Alfonso? – Ele a olhou, contrafeito. Durou um momento longo, então ele franziu o cenho.


Alfonso: O que você fez? – Perguntou, subitamente entrando em alerta. Ela piscou com a mudança de temperamento – Eu prometi que terminaria aquilo tudo, você prometeu... Você deixou ele tocar você outra vez?! – Perguntou, horrorizado. Ela suspirou.


Anahí: Não. Isso seria trair você. – Disse, voltando a olhar a varanda – Eu quis. Quis de verdade. Mas sua memoria não me deixou. Me fez sentir imunda. – Admitiu. Ele respirou fundo, se acalmando.


Alfonso: Ei. – Disse, indo até ela. Ele fez a volta, se colocando entre ela e a varanda – Entendo sua atitude. É nobre. – Começou, mas ela o cortou.


Anahí: Não, não é. É egoísta, e é imatura. Eu amo você, e eu quero ele também. Eu quero os dois porque eu já tive os dois. – Disse, sincera. Alfonso a observou – Eu me debati por dias até achar uma brecha onde eu pudesse ter isso. Madison está certa, eu sou uma criança. – Dispensou.


Alfonso: E se eu disser a você que não aceito seus termos? – Perguntou, supondo – Que não aceito, não e acabou?


Anahí: Eu vou ser fiel a você. E você vai me empurrar até o meu limite. Você sabe o que acontece quando eu chego ao limite. Eu colapso. – Os dois sabiam que isso era verdade – Não sei o que poderia sair disso.


Alfonso: Eu... São só seus hormônios, menina. – Tranquilizou, tocando a maxilar dela – Eu achei que estivéssemos bem, mas você está sobrecarregada. Está com tesão, isso está te fazendo ver ampliado. – Ele se aproximou, encostando a boca na testa dela – Eu sei como cuidar de você. Sabemos disso.

Como Eu Era Antes de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora