Capítulo 58

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Anahí "assumiu" a supervisão da recepção do hotel na semana seguinte. Graças a pirraça dele na época do intensivo, conhecia os sistemas de check-in e check-out de trás pra frente. Se descobriu monitorando as recepcionistas, que trabalhavam quase em sincronia; o hotel era realmente uma maquina bem programada, não haviam falhas. Clientes chegavam e partiam e as recepcionistas agiam com sempre com prontidão e gentileza. Havia um setor a parte, que era o que recebia os telefonemas com pedidos, mas funcionava igualmente bem. Demandava atenção, mas ia bem.


Ela via gente, falava com gente. O que ela falava era acatado, o que dava a ela uma boa carga de responsabilidade com a qual se ocupar. Era algo bom, algo novo.


Quando estava na recepção, varias vezes via Alfonso passar. As vezes com Christopher e Nate, as vezes com pessoas que ela não conhecia. A observava de longe, e as vezes, quando os olhares dos dois aconteciam de se encontrar, dava uma piscadela pra ela. Fazia ela sorrir.


Quando sugerira a ela aquilo pensara em algo pra trabalhar a mente dela, em uma experiencia positiva, mas terminara resultando muito melhor do que esperara: Ela se destacara mais que do que ele imaginara, e ainda assim ele a tinha debaixo dos olhos. Estava bem ali, ao alcance, durante a maior parte do dia. À noite, quando ela saía, muitas vezes ia pra casa com ele. Algumas noites por semana ia pra casa, era verdade, mas a maior parte do tempo estava debaixo do alcance dele. A briga sobre o apartamento dela perdeu relevância.


Anahí se inscreveu em uma auto-escola... E ela era muito ruim. Mas quando eu digo ruim, ruim mesmo. Ficou frustrada por ter que começar a aprender pela parte teórica, o que Alfonso afirmou que, no caso dela, era algo muito importante. Ai ela cobrou a promessa dele de ajudá-la.


Alfonso: E paramos. – Disse, ao pararem na sinaleira. Estava branco feito papel.


Anahí: Rapapapa, rapapapa, rapapapa... Man down. – Cantarolou, com aquele sorrisão assassino de volta no rosto. Ele piscou, exasperado.


Alfonso: Quando você ligou o radio?! – Perguntou, desesperado, desligando, e ela riu.


Anahí: Vai, tô dirigindo pra caralho. – Disse, convencida.


Alfonso: Não, não está. – Houveram buzinas do lado de fora. O sinal havia aberto – Recomece. Devagar, Anahí! – Rosnou, apertando a cadeira, quando o carro saltou pra frente.


Anahí: Sou um piloto de formula um. – Disse, sorridente. – Ei, podíamos ir até Salt Lake! – Disse, se ajeitando no carro.


Alfonso: Isso supondo que eu vou pegar uma rodovia e uma ponte com você no volante? – Perguntou, lívido. Ela revirou os olhos – Olhe pra frente! E não, não quero morrer, obrigado.


Estavam dando voltas no quarteirão do hotel. Não importa quantas voltas dessem, ela persistia em correr, deixar o motor morrer e ligava o som toda vez que ele se distraía. Por fim tentaram estacionar; ela disse uma vez que era boa na baliza.


Ela mentira.


Ele escolheu um carro bom; o motor era macio, o volante era leve, era proibido estacionar na calçada do hotel então ela tinha espaço livre... Mas simplesmente era horrível. Invadia a calçada, parava em paralelo, e de alguma forma que ele não conseguiu entender foi parar do outro lado da rua. O pior: Ria gostosamente durante todo o processo.

Como Eu Era Antes de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora