Capítulo 34

3.3K 282 275
                                    

Katelyn: Com a palavra, a defesa. – Nate se levantou, se aproximando de Alfonso.


Nate: Senhor Herrera. – Começou, se aproximando. Anahí olhava de um pro outro – Poderia nos esclarecer melhor como se deu sua reaproximação com a vítima?


Alfonso: Bem, eu fui até a casa dela, depois ela me visitou no meu hotel. – Recapitulou, se lembrando – Celebramos o aniversário dela. Ela era frequente, nas visitas. Eu sempre gostei muito de tê-la por perto. Foi algo processual, não planejado. – Concluiu.


Nate: Em que horários se davam essas visitas? – Sondou, neutro. Já sabia aquela história de cor e salteado; agora precisava conta-la ao seu favor.


Alfonso: Pela tarde. As vezes ela ficava pra dormir. Dependia da ocasião. – Nate assentiu.


Nate: O pai da menor não tinha ciência de nada disso? – Perguntou, chegando onde queria.


Alfonso: Não. Ela dizia que ia pra um outro lugar... Mas ele nunca questionou. Nunca esteve lá, nas vezes em que eu estive na casa. – Relembrou – Sai de férias todos os anos, e suas férias não batem com o cronograma escolar dela. Viaja e ela fica sozinha em casa por cerca de um mês. Fez isso duas vezes, desde que a conheci. A primeira aproximação foi muito mais fácil tendo em vista que ela não tinha que prestar satisfações. – Nate assentiu, tranquilo.


Nate: Nesse contexto, era só chamar e ela tinha livre acesso? – Alfonso assentiu.


Alfonso: Ele nunca confirmou um álibi dela. – Admitiu, dando de ombros – Nunca procurou saber. Ela só ligava, e ele aceitava. Ele é pai solteiro, e sabemos que isso exige muito. Ele tem o trabalho dele, o relacionamento dele, isso sempre custou muito da vida dele. E no final de tudo, Anahí requeria mais tempo que uma adolescente normal; mais atenção, mais cuidado. Ela é única a sua própria maneira e isso exigia mais. Ele não estava lá.


Alexandre: EU CONFIAVA NELA! – Gritou, se levantando e sobressaltando Anahí com o rompante – ELA DIZIA QUE ESTAVA COM OS AMIGOS E EU CONFIAVA, NÃO ERA DESCASO!


Alfonso: E veja onde isso nos trouxe. – Comentou, tranquilo.


Katelyn: Silencio! – Exigiu, o martelo batendo de novo – Srº Portilla, eu vou pedir que o senhor se contenha, ou vou precisar removê-lo dessa sessão. – Avisou. Alexandre se sentou. – Prossiga, doutor Archibald. – Nate assentiu.


Nate: Está nos dizendo então que pelo descaso do pai a menor permanecia desprotegida? – Perguntou, sereno.


Arthur: Protesto. – Cortou, e os outros esperaram – A defesa está sendo ridiculamente parcial, induzindo a resposta que quer ouvir.


Katelyn: Reformule a pergunta, doutor Archibald. – Nate assentiu.


Nate: Senhor Herrera, no seu ponto de vista, haveria dificuldade caso outra pessoa tentasse acesso a casa e a menor, durante o período em que pôde observar? – Reformulou, tranquilo.

Como Eu Era Antes de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora