Capítulo 30

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Anahí: Oh, meu Deus. – Murmurou, pondo a mão no peito.


Nate: Calma. Fale baixo. – Ela assentiu – Foi o único modo que eu encontrei de falar com você. Clair me instruiu quanto a esse lugar, foi meio complicado entrar despercebido, mas não é o foco. – Ela assentiu, tirando a franja molhada do rosto – Você está horrível.


Anahí: Obrigada. – Disse, irônica – Alfonso. – Lembrou – Onde Alfonso está? O que fizeram com ele?


Nate: Ele está bem. Quer vê-la, mas a medida restritiva proíbe. Estamos tentando. – Ela assentiu.


Anahí: Não tenho muito tempo. O segurança tem ordens de entrar se eu levar mais de 15 minutos. – Disse, apontando a porta. Não tinha tranca.


Nate: Certo, direto ao ponto. – Disse, abrindo a pasta que tinha na mão. Ela apanhou um bolo de papel toalha, secando o mármore do lavabo e ele abriu a pasta lá – Estive estudando a situação no geral, e eu vou ser sincero, Anahí, não está bom. Nossa única chance é se você seguir à risca tudo o que eu disser aqui.


Anahí: Não disse uma palavra. – Reforçou, tirando o cabelo do rosto como pra se concentrar.


Nate: Estou acelerando o processo. – Ela o olhou – Quanto mais cedo terminarmos isso, melhor. Sua amiga, Kristen, pode ser intimada. Anahí, Alfonso me disse que você confiou naquela menina. – Lembrou – Confio no seu julgamento, mas não no dela. Se ela for intimada e falar no tribunal o que sabe, eu não vou poder fazer nada.


Anahí: Eu vou falar com ela. – Garantiu.


Nate: Arthur Duncan foi designado pra representar a acusação. Era uma das nossas piores opções. – Avisou, passando uma folha – Ele vai vir pra cima de você com toda a força, vai tentar vencê-la pelo cansaço, e é importante: Você não pode fraquejar nem por um momento. Se ele farejar fraqueza, nós perdemos.


Anahí: Okay. – Murmurou, se lembrando. – O que eu digo?


Nate: Nossa defesa está baseada em mostrar você no tribunal como a pessoa mais madura e autoconsciente que puder conseguir ser. Esse é o seu papel. – Ela assentiu – Você vai precisar estar extremamente calma. Relaxada. Segura. Como se não fosse nada demais.


Anahí: Tá de sacanagem? – Perguntou, e ele negou.


Nate: Anahí, minha defesa está toda se baseando no fato de que você não foi ferida, e fez tudo porque quis. Fez porque quis e tem maturidade além do necessário. – Avisou, sério – É uma defesa muito frágil, a lei não se importa com aparências, mas o júri sim. Se o júri decidir que você tem uma mente muito à frente da sua idade, eu consigo abrir uma brecha.


Anahí: Vou trabalhar nisso. – Garantiu – E esse Arthur? O que eu faço?


Nate: Se eu bem o conheço, ele vai tentar deixar você nervosa. Vai intimidá-la, tentar envergonhá-la, querendo colher qualquer fragilidade sua. Essa fragilidade não pode existir. – Reforçou, claro – Em contra-ataque, você precisa cansá-lo.

Como Eu Era Antes de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora