Capítulo 17

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Melissa Collins

Uma semana havia se passado e meu namoro com Thomas estava tudo as mil e uma maravilhas. Saímos para jantar mais uma vez e no final de semana ele veio dormir na minha casa.

Levamos o Rocambole para passear algumas vezes e sempre que chegamos na empresa juntos, os olhares caiam sobre nós.

Principalmente as meninas da recepção.

Hoje era quarta-feira e eu havia ganhado um dia de folga, por ter horas demais na empresa.

Acordei mais cedo do que o normal, estava sentindo um pouco de enjoo e isso me fez levantar.

Fiz apenas um chá de camomila e fui me sentar na varanda que tinha na porta do meu quarto.

A vista era ótima e sempre me acalmava. Sra. Grace não tinha chegado ainda.

Peguei um livro que eu já estava lendo e me sentei na sacada para continuar a ler.

Era um dos muitos livros da coleção "Diário de um Banana", não me julguem, eu gosto.

Já tinha lido umas 6 páginas quando a Sra. Grace chegou.

—Bom dia menina Mel. Porque a menina está acordada tão cedo? Nunca levanta nesse horário.-Meu deu um abraço carinhoso.

—Bom dia Grace. Eu estava com um pouco de enjoo então resolvi levar e fazer um chá pra ver se passa.-Me sentei na bancada da cozinha e fiquei olhando Grace organizar algumas coisas.

—A menina nunca tem enjoo, nem mesmo quando ia para as festinhas dos amiguinhos de escola e comia muito doce.-Deu risada com a lembrança e eu também me recordei.

Eu comia muito doce mesmo, o roubo de brigadeiros antes do parabéns sempre começava por mim.

—Eu me lembro disso. Mas pode ter sido algo que eu comi.-Dei de ombros ignorando a vontade de vomitar que crescia.

—Ou a menina pode ter um bebê a caminho.-Grace, que até então estava virada para a pia, olhou pra mim com aquele sorriso feliz.

Eu não estou grávida. Sem chance.

Não totalmente sem chance mas eu quero acreditar que é sem chance.

—Eu não estou grávida, eu fiquei menstruada esse mês.-Tento explicar.

—Algumas mulheres sangram a gravidez toda e nem sabem que estão grávidas, pode ser um caso desses.

—Eu não estou grávida, Thomas e eu nos protegemos.

Tento me recordar de todas as vezes que transamos e me lembro que no dia do escritório nós não usamos camisinha.

Mas eu tomo remédio, também é eficaz.

Não 100%, mas é.

—Eu prefiro acreditar que é apenas um mal estar.

Grace balança a cabeça em sinal de negativo e eu saio da cozinha indo até o quarto.

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