O quarto do Trem

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 No distrito era um dia normal, naquela mesma tarde corri para a casa que estava em um alvoroço, Madge contou o que ocorreu a minha mãe e o seu semblante quando entrei em casa era de puro terror, correu para me abraçar e logo me perguntou sobre Peeta, expliquei tudo até o episódio com a mãe dele.  A senhora Everdeen é uma pessoa bem passiva mas no instante que mencionei a mãe de Peeta, ficou extremamente furiosa, e aí realmente senti um cala frio subindo sobre meu corpo. Pedi a Madge que fosse preparar um chá e assim em alguns minutos ela o trouxe.

 Haymitch chegou e conversou com minha mãe sobre a capital, a mensagem deixou ela receosa e enfim deixou-me ir. Peguei minhas coisas e fui correndo a porta, Peeta não podia esperar mais, me despedir de Prim, Madge e minha querida mãe. Peeta foi carregado em uma maca ainda desacordado, no vagão do trem levaram ele para o quarto onde ficou em observação, uma hora depois entrei no quarto de Peeta e logo encostada nas bordas da porta vi Haymitch estava desacordado ao lado de Peeta.

 — Haymitch — o chamei — Haymitch, pode ao seu quarto, fico com ele.

 Haymitch me olhou e deu um sorriso torto, ao se aproximar da porta, a mesma abriu automaticamente me deixando com ele, me voltei a olhar-lo fixamente o que me fez pensar em como o garoto de olhos azuis que me fez mudar tão drasticamente, passei meus dedos em seus cabelos pedindo a Deus para que Ele te livre dessa, olhei o seu rosto e vi como ele estava forte junto ao seu corpo que não ficava atrás. O mirava com admiração e muito amor e foi aí que meu dei conta que o padeiro estava me encarando. 

 — Peeta! — meu corpo foi automaticamente para atrás com o susto 

 — Oi — disse com uma voz fraca — Gosta do que vê senhorita Everdeen? — disse brincando

 — a-am? — droga! Comecei a guaguejar — quem disse que estava olhando você Mellark? — desconversei 

— Nem vem Katniss, reparei em como você me olhava — dito isso, o mesmo umideceu os lábios, estava hipnotizada com aquele gesto e logo ele soltou um sorriso 

 — Peeta, procure descansar, está indo a capital — ele me olhou confuso 

 — Capital?? Para que? — perguntou

 — Já suspeitas que você tenha fraturado a costela e ter machucado o pâncreas.

 Ele estava confuso e logo me aproximei da cama chegando perto do seu rosto ao ponto de sentir sua respiração ficar um pouco alterada. Dei um sorriso de lado e continuei, e soltei baixinho um " estou aqui com você Peeta", reparei que seu rosto relaxou e selei nossos lábios de uma forma carinhosa. O loiro por sua vez, com um dos braços agarrou minha cabeça aprofundando o beijo, apoiada pelos ante-braços tentei parar o loiro que já estava um pouco alterado.

 — Peeta! — chamei entre o beijo — Para, você pode se machucar e.... 

 O mesmo não me deixou concluir, atacou meu lábios com voracidade me deixando desconcertada. Aos poucos fui cedendo as minhas próprias vontades, pois a minha gana de beijar aquele loiro era enorme. Me entreguei o beijo, sua língua explorava cada canto de minha boca, troquei o peso do meu corpo para o braço direito e com o esquerdo coloquei em sua nuca aprofundando ainda mais o nosso beijo, Peeta puxou o meu lábio inferior me causando várias sensações as quais gostava, não queria parar, a medida que íamos aprofundando o beijo via meu corpo pegar fogo e sabia que esse calor emanava do corpo de Peeta também. 

A medida que íamos aprofundando o beijo ouvi passos no lado de fora, o que me assustou parando de retribuir os beijos. Peeta me olhou confuso, ele não queria parar, seu peito subia e descia.

 — O que foi Katniss?! — perguntou confuso, seu peito continuava a subir e descer 

 — Ouvi passos. — disse ofegante com a cabeça abaixada e meus cabelos escondendo o meu rosto. 

 — Não ouvi ninguém Katniss, vem cá — disse já me rodeando

 — P-Peeta ouvi passos, espera um instante — disse pausadamente ainda regulando a minha respiração e controlando o meu corpo. 

 Com a cabeça abaixada tirei o peso do meu braço direito e transferi para o outro e com o direito passei a mão ao longo de meus cabelos mostrando meu rosto com os olhos fechados.

 — Não tem ninguém Katniss vem cá, eu quero você. — quando ele pronunciou aquelas palavras, olhei seu rosto, o loiro estava com os olhos em um azul escuro, ainda com a respiração pesada e sua boca entreaberta o que deixava um ar sexy. 

 — Eu também te quero,mas tem uma pessoa ao norte do trem vindo em nossa direção — falei olhando seus olhos e os vi me olhar com reprovação. 

 Me afastei e quando assim o fiz, a enfermeira entrou no quarto e não era a enfermeira do distrito 12 e sim uma da capital com sua roupa justa de mais. Fiquei um pouco irritada ela olhava para o Peeta como se fosse um pedaço de carne, a morena ia em direção a ele sentando no outro lado da cama perguntando como o Peeta estava. 

 — Como está meu paciente favorito?! — disse a enfermeira que nunca tinha visto o Peeta já vida. 

 Meu olhos se encheram de raiva e nessa hora quis arrancar todos os membros daquele padeiro.  



Continua?????

A que não podia amar - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora