Plano, Madge?

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Peeta POV 

 Observar ela dormir foi a melhor coisa que já havia visto, como um ser tão bondoso sofre tanto? Depois de observar-la dormir, me deixei levar também, o sono pairou sobre mim de uma forma avassaladora. Estrelas no céu com uma pequena brisa maravilhosa, café quente, uma casa aconchegante, lareira que me recordava a pequena cabana no meio da floresta e um pequeno gosto de nostalgia era ela, Katniss me fazia sentir coisas que jamais sentirei com mais ninguém. 

Abro meus olhos e sinto que a morena ainda estava em meus braços, na escrivaninha olho as horas e me assusto com elas, são 17:39 da tarde e Katniss ainda estava em minha casa, necessariamente no meu quarto. Levantei a cabeça dela, coloquei um travesseiro em meu lugar e me dirigi até o telefone que estava ali mesmo, pensei em ligar para sua casa mas não o fiz, o que sua mãe irá pensar dela? Não posso fazer isso então liguei para Madge, por sorte na lista telefônica tinha o número do prefeito e disquei na hora, no segundo toque atendeu.

 — Alô? — uma voz grossa falava no outro lado 

 — Olá senhor prefeito, gostaria de falar com a sua filha por favor — falei educadamente 

 — Quem é você filho? — retrucou no mesmo tom

 — Desculpe não me apresentei, sou Peeta Mellark amigo de sua filha, ela esqueceu o livro da história de Panem, será que ela pode vir aqui pegar, — houve um silêncio — não se preocupe senhor prefeito sou filho do padeiro — comentei rindo

 — Ah sim meu filho, desculpe — falou rindo — vou chamá-la, aguarde um minuto. Em alguns minutos ela atendeu o telefone. 

 — Alô? — respondeu docemente — Graças a Deus Madge, preciso da sua ajuda.

 — Ei vamos com calma, pela sua voz reconheço que é Peeta — falou rindo — mal educado nem me deu bom final de tarde Madge — falou irônica 

 — Madge não tenho tempo para isso, preciso de sua ajuda com relação a Katniss.

 — O que houve com ela Peeta! —gritou e logo afastei meu ouvido do telefone 

 — Não houve nada, ela dormiu aqui e está tarde e Katniss não voltou pra casa....

 Ela me interrompeu antes que completasse a frase 

 — Vocês não...

 — Não Madge, eu respeito muito a Katniss e nunca vou fazer nada que não queria, me escute com atenção.

 Expliquei tudo e em alguns minutos ela chegou em minha casa, ouço a campainha tocar e vou logo atender. Madge está ofegante parecia que tinha corrido uma maratona. 

 — Onde... Está.... Katniss? — disse colocando a mão no coração tentando puxar o ar

— Lá em cima, mas antes beba um copo de água, o que houve com você? — disse enquanto pegava um copo e o enchia de água. 

 — Quando você  me ligou sai correndo de casa— houve uma pausa pois ela tomava a água — me leve até ela.

 Subimos as escadas, abro a porta devagar e dei passagem para Madge entrar. A loira se sentou do lado da Katniss acariciando o rosto da morena tirando mexas que estava sobre o mesmo, com um simples toque, Katniss pegou a da Madge e antes que abrisse os olhos ela sussurrou. 

 — Madge. 

Não tinha ideia de como ela a reconheceu, como um simples toque? Deixa não vou entender mesmo. Na cama vejo Katniss abrindo os olhos olhando fixamente para Madge, a loira retribuía com um largo sorriso. 

 — Sim Katniss, estou aqui — respondeu no mesmo tom — se levante vamos para sua casa. — falou suave 

 Katniss me olhou com ternura, fui até ela me sentei do lado da Madge apoiando minhas mãos sobre a suas, a morena me abraçou e me deu um obrigada fazendo com que só eu possa ouvir. Katniss se dirigiu ao banheiro e ficamos só eu e Madge no aposento, o silêncio prevalecia e foi ela que resolveu quebrar.

 — Porque ela estava assim Peeta? — Perguntou confusa

 Eu não sabia como explicar, era complicado , mas tentei do meu modo, falei tudo que aconteceu e como a Katniss ficou Madge estava seria, assim que terminei Katniss apareceu masmesmo assim ela me agradeceu.

 — Muito obrigada por está ao lado dela Peeta — disse pegando a mão de Katniss — agora eu assumo. — disse suavemente 

 — Não esqueça do nosso plano, não quero que a mãe de Katniss fique pensando besteira! 

 — Que plano? Besteira? Explique agora! — falou mandona o que fez Madge e eu cair na gargalhada 

 — Vou contar tudo Kat, seja paciente! 

 — Bom vocês esperem aqui, vou ver se minha mãe está na padaria, ela não pode ver vocês aqui — estava assustado com a idéia 

 — Certo! — responderam uníssono com uma expressão neutra. 

 Sai e andei a casa inteira e não havia ninguém, fui até a padaria e lá estava ela, batendo a massa de pão junto com meu pai. Voltei para meu quarto e vi elas de mãos dadas sentadas em minha cama novamente conversando, assim que adentrei o cômodo ela param de falar. 

 — Vamos meus pais estão na padaria não tem perigo saírem. — disse tentando entender porque elas param de falar. 

 Saímos em passos silenciosos e finalmente chegamos a entrada principal, chamei Katniss para falar um instante ela acenou positivo para Madge e fomos para o lado. 

 — Katniss você está bem mesmo? — perguntei preocupado

 — Vou melhorar não se preocupe. — me abraçou e em seguida me beijou.

 Parei o beijo, com meus braços rodeei em sua cintura. 

 — Te amo Katniss — disse antes de beijar sua cabeça — me ligue se quiser conversar. 

 — Está bem, também te amo.

 Nos beijamos outra vez com um pouco de intensidade, paramos o beijo com um barulho estanho, era Madge. 

 — Ôh que coisa lindaaaaa, esse é meu casal! Tá tudo maravilhoso, mas Katniss tenho que levar você para casa mocinha safadinha — disse rindo 

 — Ei não sou safada Mad! — disse indignada o que me fez rir demais — e você— falou virando para mim seria — não ria de mim, quem te vê nem sabe o que você faz, você não é santinho Peeta! — isso não me ofendeu só me fez gargalhar ainda mais. 

— Eii que coisa é essa, não sou isso que você tá falando, eu sou um santo — fingi está sério, fazendo com as mãos o formato de uma auréola. 

 — Tchau Peeta! Até manhã — disse séria 

 Ela ia saindo mas eu a puxei fazendo-a ficar de frente pra mim. 

 — tchau amor 

 — Tchau Peeta! — respondeu com sua face relaxada. 

 Em segundos a vi sair do meu campo de visão, entrei em casa sorrindo, minha alegria vou para o espaço quando vejo minha mãe parada atrás de mim. 

 — Eita! Ferrou!

Continua?????

A que não podia amar - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora