Porto seguro

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Haymitch me olhou com desdém, o mesmo derrubava goela a baixo o líquido ardente. Com a ajuda do balcão, Haymitch se segura, logo vai até a geladeira e pega um balde de gelo me ignorando totalmente. 

 — Você está me ouvindo?!— andei com pressa em direção a Haymitch puxando seu braço 

 — Me solta garotinho! — disse firme virando e me lançando um olhar mortal

 O soltei, mesmo Haymitch estando bêbado não iria bater nele, além do mais, Haymitch é meu professor. Levantei às mãos para que ele veja que não quero encrenca. 

— Vai me contar ou não? — falei encostando na bancada. 

 — O que quer saber Peeta? — respondeu com dificuldade. 

 — O que aconteceu com Katniss no trem? Vou te perguntar pela última vez. — retruquei com desdém 

 Haymitch me olhou sério e gesticulou para que sentasse. Assim o fiz, com dificuldade ele fez o mesmo. O louro de meia idade falou tudo e minha raiva estava aumentando, meus olhos estavam em chamas. 

 — Calma bonitinho — falou derramando o líquido ardente em sua garganta — Vou dá um jeito nele. 

 — COMO VOCÊ DEU NA ÚLTIMA VEZ!! — Levantei da cadeira perto do balcão, com força soquei a porta. 

 — Você acha que reagindo assim vai melhorar a situação de sua querida namoradinha? — disse irônico — Peeta olhe pra mim — falou sério e assim o fiz — Cuide dela, a proteja, a faça se sentir segura, se não pelo jeito que a vi ela, vai ficar com repulsa se algum cara toca-la. 

 Aquelas palavras me fizeram refletir, prometi a Katniss que isso não iria acontecer mais com ela, e o que fiz? Nada, aconteceu novamente e não pude defender o amor da minha vida. Andei pelos corredores da cobertura, por uns segundos fiquei olhando a porta do quarto de Katniss, quis chorar por não ter defendido a minha morena. Encostei na parede do lado da porta de Katniss e lá mesmo fiquei o resto da noite. 

 Já era manhã e os raios de sol passavam pela janela, fiquei ali sentado levando os leves raios de luz , olho no relógio pendurado na parede de cor púrpura, era 5:40 da manhã, levanto e abro lentamente a porta do quarto de Katniss, a mesma estava enrolada em um lençol de ceda na cor bege, me aproximei de Katniss e depositei um beijo casto em seus doces lábios. Katniss abriu os olhos lentamente exibindo seus olhos castanhos, sorriu e logo retribui o gesto. 

— Que horas são? — disse com uma voz arrastada 

 — Não são 7, volte a dormir amor — falei com ternura, tão linda quando acorda. 

 — Não vai embora — disse manhosa o que me fez rir — Fica aqui comigo. 

 — Sempre amor. 

 Levantei o lençol e fui para baixo das cobertas, abracei Katniss como se fosse o último dia de minha vida.

 — Te amo Katniss, você sempre será meu porto seguro como eu sempre serei o seu. — disse entre carícias

 — Te amo Peeta — disse sonolenta e logo voltou a dormir.

 Adormeci nos braços de Katniss, era o melhor lugar do mundo, ouço soluços e quando abro os olhos vejo a equipe de preparação de Katniss e em seguida Effie adentra o aposento se debruçando em lágrimas. Katniss abriu os olhos e ela está como um pimentão vermelho. Octavia em lágrimas chegou perto de Katniss e com o sotaque engraçado da capital pediu pra que ela fosse para o banho, ela balançou a cabeça e foi, seguida de Flavius e Octavia. Katniss me olhou antes de entrar no banheiro e sussurou um " eu te amo" e logo sorri com aquele gesto.



Continua????

A que não podia amar - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora