A que não podia amar - Jogos Vorazes

Você tornou tudo mais fácil....

Vamos lá tributos??  Vamos lá 😂💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞

Peeta POV 

 As pessoas no distrito estavam olhando pra mim com sorrisos tristes, recebê-los não ajudava no meu estado. Estava suando frio, meu corpo inteiro estava encharcado por ele. Caminhei ignorando todas as pessoas ao meu redor. Alguns deles, trabalhadores da reformada mina de carvão, minha visão estava distorcida, a cabeça rodava. Acelerei o passo dando de cara na nova padaria, que é de propriedade da minha família. As lembranças se amontoavam na minha cabeça misturada a imagem de Katniss, entrei em colapso. Cai de joelhos, sentindo o meu corpo tremer. As imagens distorcidas começaram a aparecer de forma constante, não sabia o que era real e o que não era. 

 Me tornei obscuro, não derramava mais lágrimas. Levantei do chão e andei novamente sem rumo.

 (...) 

 Me encontrei sentado, encostado em uma árvore enorme, entre raízes. O verde tomava conta do local. Minha visão estava embasada quase não dava para enxergar. Estava escurecendo e não fazia ideia de onde estava. Ouvi as folhas de quebrarem de acordo com passos de algo mais atrás. Apavorado, levantei com dificuldade pois estava um pouco tonto. Me escondi atrás do lado da árvore que havia um arbusto e lá fiquei. Fechei meus olhos com força. A vontade de entrar onde ninguém consegue me tirar era demais. O lado escuro onde a vida já não tem sentido. Atrás da cabeça começara a doer. 

 —AAAH! — segurei minha cabeça de forma protetora, abaixado sentindo dores fortes. 

 Os passos se tornaram urgentes, mesmo sentindo dor e querendo gritar até às minhas veias estourarem. Logo me dei conta, como fui parar aqui? Observo entre a brecha do caule da árvore e o arbusto uma pessoa de vestido, não vi nada mais. Entrei em alerta e mesmo sentindo dores em todas as partes resolvi seguir. Com cautela, segui devagar e mantive distante quando reconheço o caminho. O caminho para a cabana. 

 Katniss POV 

 — Eu sou...— sua voz falhou, ele a olhava como fosse mata-la, Delly respirou fundo e finalmente olhou nos seus olhos — Eu sou a mãe do teu filho! 

 Ouvir aquilo foi uma queda enorme, grávida? Qualquer possibilidade de seguir com meu plano foi por água abaixo. Delly estava sendo pressionada na parede com uma faca apontada no seu pescoço. Madge estava séria, absorver aquilo era demais. Estou choque. Gale estava paralisado e novamente começou a rir com mais fervor. 

 — Filho? Não me faça rir Delly, esse filho aí pode ser de qualquer um no distrito. —  falou com desdém, Delly começara a derramar as lágrimas. 

 — Como pode me tratar assim? Idiota! O filho é seu! Não fiquei com ninguém depois de você — mencionava chorosa, seu rosto estava vermelho e inchado. — Gale por favor deixa elas irem, vamos viver nossa vida em outro lugar — implorava. 

 Gale se virou, andando em direção a cama na qual estava sentada. O medo bateu forte, a faca estava em sua mão apontada para mim. 

 — Delly, pensa comigo — falou se afastando de mim, o medo permanecia ali comigo, apoiado no meu ombro. — lourinha, você acha que vou fugir com você, tendo ela do meu lado— falou apontando com a faca para mim.

 — ELA NÃO TE AMA! — Delly gritou — EU TE AMO, ELA NÃO! — chorou, Gale avançou para cima da Delly fazendo corte com a faca embaixo da sua barriga. 

 Delly gritou de dor, caindo no chão sangrando. Meus olhos arregalaram em puro terror. Batia freneticamente meu tornozelo machucado contra o espelho da cama. Os gritos de dor da Delly eram cada vez mais altos.