Capítulo VII - Santana

163 16 2
                                    

Eu não gosto de Santana Lopes. Nunca gostei, a personagem sempre foi irritante e confesso que tenho implicância com Naya. Então eu sempre tento modificar Santana para torna-la algo que me agrade, algo que me seja útil nas histórias. Ela pode ser um porto seguro. Uma voz clara no meio da escuridão. Uma sacudida para que Quinn retorne ao caminho certo. Eu não gosto de Santana Lopes, mas tenho as minhas próprias Santanas... pessoas que caminham comigo e me impedem de pegar caminhos que não seriam... bons. Eu não gosto de Santana Lopes, mas ela é útil. As minhas Santanas com todo o meu amor...

A mulher latina andava pelo corredor enquanto lia a pastas de documentos. Ela estava andando em direção a sua mesa quando ouviu um grito abafado, ergueu a cabeça olhando para uma das secretárias de um dos advogados seniors. A mulher cobria a boca aberta enquanto olhava para algo na tela do computador, algumas pessoas se aproximavam para saber o que havia ocorrido. A latina ficou parada olhando para as pessoas que olhavam atônitas para algo na tela, a latina franziu as sobrancelhas quando percebeu por uma das janelas panorâmicas do prédio ao longe uma fumaça preta. Um dos colegas se aproximou saindo do bolo, ela ergueu a mão o pegando pelo braço.

- O que houve?

- Um teatro está pegando fogo. - Ele respondeu passando a mão pela nuca. - Parece que tem vítimas fatais.

Ela o deixou ir, uma sensação ruim na boca do estômago enquanto voltava para a própria mesa. Assim que sentou viu o celular piscando e o pegou, um pequeno sorriso ao ver o nome da esposa.

- Oi amor. - Atendeu voltando sua atenção para os papéis.

- Você tem que ir agora para o teatro. - Ouviu a voz que normalmente era tranquila falar agitada, aquele deveria ter sido o primeiro alerta. - Eu estou ligando para Artie, mas ele não atende.

A morena parou seus movimentos e olhou para a tela do computador.

- Brit calma, o que houve? - A latina falou lentamente como se estivesse tentando acompanhar o pensamento da esposa. - Do que você está falando? Ir ao teatro? Que teatro? Artie?

- O teatro, Santana. - Brittany perdeu a pouca calma. - O teatro de Rachel está pegando fogo. Eu não consigo falar com Artie e não tenho o número de mais ninguém. Estou presa em Columbia e não posso sair, nem sei se Quinn já viu as notícias.

As palavras enérgicas da loira pareciam ter lhe dado uma injeção de adrenalina, Santana levantou de um salto pegando sua bolsa e correndo para onde o grupo ainda estava em pé. Se enfiou entre eles e olhou para a fachada do prédio em chamas, o coração batia acelerado.

- Não fale com Quinn. - Não soube como sua voz saiu calma. - Estou indo para lá, te dou notícias assim que conseguir algo então me espere dar notícias para avisar Quinn. Tente conseguir o número de Sam.

Santana desligou o telefone.

- Alguma ideia de quem são as vítimas? - Perguntou para ninguém em particular enquanto olhava para a agenda do telefone.

- Nada divulgado ainda, mas parece que alguns atores estão entre os feridos. - Ela ouviu uma resposta e se afastou rapidamente. - Para onde você está indo, Lopes?

*Diário*

Teve que descer do carro há algumas quadras, o trânsito caótico e a fumaça espessa. Ela pagou o motorista e seguiu a pé, o celular firme nas mãos enquanto ela ligava para o número que a esposa havia conseguido.

- Sam Evans. - Ela ouviu a voz dele. - Não tenho nada a declarar.

- A você tem sim. - Santana falou irritada. - Onde diabos você está? Cadê a Berry?

Diário 2.0 - FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora