Capítulo XXXII - Harmonia

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Quando eu comecei a planejar o capítulo eu queria falar sobre harmonia, eu percebi que alguns de vocês não acham que elas estão em harmonia e eu queria mostrar que sim elas estão. Elas são adultas, em um relacionamento adulto... elas não precisam estar na mesma casa para isso. Enfim, eu tinha todo um discurso preparado, mas eu percebi que eu não estou em harmonia... então como eu posso falar sobre harmonia para os outros? Ao contrário, eu estou uma bagunça e enquanto estou uma bagunça completa eu estou tentando me encontrar e continuo o meu caminho. Eu percebi que poucas coisas na vida estão em harmonia... tipo... bem poucas mesmas, por que harmonia é aquele tipo de conceito que criamos como objetivo de algo, objetivo esse que vivemos sempre perseguindo. Estamos sempre perseguindo algum tipo de ideal: felicidade, harmonia, paz mundial, Dianna fazendo filme que passe nos cinemas próximos de você...

Enfim... alguns de vocês podem notar uma certa referencia no capítulo, essa referencia é a Dark Angel. O porquê de estar bancando o Capitão América, primeiro porque eu amo esse poema em particular, ele me é uma tábua de salvação que eu murmuro quando estou me afundando. Segundo esse poema combina com Quinn, não importa qual variação dela eu esteja fazendo... ela está sempre se ferrando de algum jeito. E por último, eu tenho parte desse poema tatuado e todos nós sabemos que Quinn Fabray e eu... bem... Eu não preciso dizer, não é mesmo?

A batida sutil na porta a fez erguer a cabeça. Estava elaborando programas de treinos individuais para cada um dos integrantes do clube. Sorriu com a visão da mulher loira parada na porta de seu escritório.

- Oi. – Se recostou contra a cadeira. – Eu achei que você não viria esse final de semana.

- Eu estava com saudades. – Quinn entrou na sala com um sorriso carinhoso nos lábios, se apoiou na mesa de Rachel se inclinando na direção da morena. – Trouxe o que eu precisaria para escrever aqui, mas se te incomoda...

- Você nunca me incomoda. – Rachel deslizou os olhos escuros pelo pescoço alvo e lambeu os lábios. – Eu estava com saudades de você.

A morena se levantou dando a volta na mesa, Quinn se endireitou e a recebeu em seus braços. Rachel se colocou na ponta dos pés para beija-la adequadamente, sentiu as mãos da autora lhe apertarem a cintura e prontamente suspirou contra a boca de Quinn. Sentiu o corpo se apoiado na mesa e a boca escorregar pelo seu maxilar, Rachel sorriu quase imediatamente.

- Quinn... - Suspirou com a mordida sutil no lóbulo de sua orelha. – Alguém pode entrar.

A loira se afastou a contragosto, soltando um suspiro pesado. A professora precisou morder o lábio quando viu os olhos verdes em um tom mais escuro do que deveria.

- É o que você faz comigo, Berry. – A Fabray brincou com uma piscadela. – Mas confesso...

- O que? – A morena arqueou as sobrancelhas ainda sorrindo.

- Eu adoraria... - Quinn se inclinou colocando a boca contra o ouvido de Rachel. – Pegar você contra o piano...

Rachel engoliu em seco sentindo a repentina contração no baixo ventre, mordeu o ombro da autora antes de empurra-la sutilmente. O sorriso arteiro estava preso nos lábios rosados de Quinn.

- Se comporte... - A professora arrumou suas próprias roupas amarrotadas. – Quem sabe eu não realizo essa sua vontade... algum dia...

- Eu vou me lembrar disso, Berry. – Quinn arqueou a sobrancelha a vendo dar a volta na mesa.

Rachel se inclinou pegando sua bolsa a revirando atrás de suas chaves. Quinn se apoiou na mesa inclinando-se um pouco para olhar a morena.

- Por que você não vai para casa? – Rachel estendeu suas chaves para a loira. – Assim você se ajeita enquanto eu termino o dia aqui.

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