capítulo 36

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Vtzinho 🦖

Separei as drogas, organizei os fuzil, fiz tudo que tinha de fazer hoje e adiantei amanhã.

Tava cansadão, mas nem tava afim de ir pra casa agora.

Tava descendo o morro, quando escutei a voz da Larissa.

Olhei pra cima, vendo ela na janela do quarto me chamando.

Larissa: Eu preciso muito falar com você...- Falou.

Respirei fundo, buscando alguma paciência de dentro de mim.

Com ela, eu não tinha nada mais.

Agora com meu filho, é outra coisa.

Posso ter me afastado, beleza. Eu só não sou obrigado a ficar escutando piadinha nem deboche dela.

Que escutava toda vez que a gente se via, precisava nem chegar perto da barriga dela.

Papo reto? Sem volta, irmão.

Quero que a Larissa se foda.

Mas, os meus filhos vão ter o melhor e mais presente pai do mundo.

Na igualdade sempre.

Larissa: Eu sei que você prefere o outro filho, mas esse aqui, por mais que seja menos importante, tem um exame amanhã.- Apareceu na porta.

Vtzinho: Meus filhos é importante, qualquer coisa além disso é totalmente desnecessário na minha vida...- Falei de cara fechada, olhando pra barriga dela.- Eu já sei do exame há mó cota. Só isso?

Larissa: Me perdoa?

Vtzinho: Sou ninguém pra dar perdão ou não, colega! Não tenho nada pra dizer não. Só quero que você não faça mal a meus filhos o resto é nos teus peitos.

Larissa: Você vai agir assim? Não é questão de existir um casal e sim dois pais bons.

Vtzinho: Eu preciso ser um pai bom pro meu filho e isso eu tô na meta.- Cortei o assunto.- O que você precisar, sobre o nosso filho, você tem meu número e pode ligar a hora que quiser, sobre o nosso filho.- Deixei claro.- Se for, qualquer coisa que envolva apenas você, pode ter certeza que eu não vou mover um passo pra te ajudar.

Larissa: Então todo amor que você dizia sentir por mim, sempre foi falso?

Vtzinho: Você mais que ninguém sabe que não.- Neguei, sorrindo debochado.- Mas o seu, foi a coisa mais falsa e inexistente que eu já vi, na minha vida!

Dei as costas, deixando ela falar sozinha.

No time, brother.

Me sentei na praça, onde só tinha alguns traficantes e uma menina, tomando sorvete sozinha.

Sentei em um banco perto do dela, de frente pra ela.

Ela levantou a cabeça e me olhou, percebendo que eu olhava fixamente pra ela.

Sorri de lado e ela me olhou de cara fechada, levantando do banco e saindo sem nem olhar pra trás.

Iporra, volta aqui.

Eu sou bonito e legal, ninguém pode fugir assim de mim.

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