capítulo 23

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Victor 🔥

Ligava pra caralho pra Larissa e ela não atendia, já tava ficando puto.

Percebi que ia chover pra caralho, aproveitei que já tinha feito meus corres e piei pra casa.

Larissa não tava em nenhum lugar do morro, até a Luíza começou a se preocupar.

Nem ela, nem Gabriela atendia também. Essas porras só servem pra dor de cabeça.

Coringa: Já tão localizando a Larissa, calma, Luíza. Teu estresse não vai ajudar em nada, só vai fazer mal pra tu.- Passou a mão no cabelo dela.

Uma já tava bem, só queria saber dá outra. Tava preocupadão, Gabriela é leiga, muito mole pras coisas.

Tinha medo pra caralho de alguém fazer mal, porque eu sempre falava pra mãe dela que ia cuidar dela.

Aí imagina se acontece algo? O peso vai pra minha consciência.

Achava isso uma puta de uma amizade, namoral mesmo.

Meu celular comecou a vibrar no bolso, peguei e o Coringa percebeu.

Coringa: Coloca no viva voz.- Mandou.

Vtzinho: Isso não tem nada a ver com você, é coisa minha, coringa.- Me afastei, vendo o nome "Bibi Rainha do pó." Na tela.

Ligação on;

Gabi: Victor? Eu preciso muito de você, agora...
Vtzinho: O que foi? Aonde tu tá, guria?
Gabi: Eu tô em um beco, em copa... perto do açaí de esquina, que a gente veio uma vez...- Começou a tossir...- Eu tô sangrando muito, eu tô passando muito mal.
Vtzinho: Alguém te machucou? Como tu foi parar aí?
Gabi: Eu...victor...- Gritou..- Tá doendo muito, vem logo por favor.
Vtzinho: Calma, eu tô indo...

Ligação off

Coringa: Larissa tava tomando açaí na praia acabei de falar com ela...- Escutei ele falando com a Luíza.

Encarei eles, sem reação. Eu não queria, nem podia criar uma coisa na minha cabeça.

Eu sei, que a Larissa não seria capaz.

Não pode ser, nem fodendo.

Luíza: Para aonde você vai, Victor? - Falou quando eu abrir a porta.- Victor! - Gritou e eu saí, fechando a porta.

Liguei a moto, vendo que a cada minuto a chuva aumentava mais.

Enquanto eu ia em toda velocidade, eu me dava motivos pra não acreditar que a Larissa tenha feito algum mal pra Gabriela.

Eu tentava, eu me obrigava a acreditar naquilo.

Cheguei no beco, encostando a moto e correndo por final, onde escutei o choro baixinho de alguém.

Agradeço pelo meu celular ser resistente a água. Liguei a lanterna, vendo a Gabriela no chão.

Sangrando pra caralho, principalmente as pernas.

Parecia que tinha sido espancada, por várias pessoas.

Ela já tava ficando com a respiração fraca, o que me bateu mais preocupação.

Vtzinho: Gabriela? Porra, Gabriela! Tua mãe vai me matar, caralho...- Bati de leve no rosto dela...- Puta merda mano, fala comigo.

Gabi: Minha barriga, dói muito... tá tudo doendo, não aguento mais...- Sussurou, com muita dificuldade.- eu, não vou conseguir...

Vtzinho: Vai porra, sem drama.- levantei ela no meu colo.- Agarra em mim, jaé? Não me solta por nada.

Subi na moto e coloquei ela, com muita dificuldade na garupa. Ela deitou o corpo sobre as minhas costas e eu sentia ela toda gelada.

Eu tava maluco, namoral!

Era minha quase irmã, praticamente morrendo ali.

Coloquei a mão na coxa dela e fui dirigindo devagar, mas não tanto.

Parei em um hospital da zona sul, mesmo correndo o risco de ser preso e não poder ajudar em nada ali.

Tinha uns enfermeiros na porta, trocando papo. Assim que me viram chegar, começaram a se mover.

Pelo menos o dinheiro vai servir pra alguma coisa aqui.

Eles começaram a falar várias coisas sobre ela, dizendo sobre perda sangue, possível feto e morte dele.

Minha cabeça do fazia rodar, perceber que na área a polícia tava começando a se encostar.

Mesmo contra vontade, meti o pé pro morro e quase que não chegava em casa vivo...

Eu só conseguia pensar em tudo que eu tentava desacreditar.

Porra, a Larissa não seria capaz de fazer isso, principalmente sabendo que eu considero a menina como irmã...

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