Meu Destino.

capítulo 34

Gabi 💎

Ítalo: Como assim mano? Cê é maluca de beber por dois dias seguidos? - Gargalhei, comendo uma coxinha.

Gabi: Eu tinha 15 anos, tava comemorando.- Escutei a risada dele.

Ítalo: Mas tu vai fazer o exame quando? Aquele que dá pra escutar o coração e tal? - Falou animado.

Gabi: Quando você chegar pra cá..- Fiz biquinho, vendo alguém bater na porta.

Ítalo: Tu sabe que é foda, pô! Tenho meus corres pra fazer, nunca tô em um canto parado.

Gabi: Aí, desculpa aí chefe do comando...- Falei, escutando ele tossir.- Quem é? - Perguntei antes de abrir a porta.

Vtzinho: Victor, espero que você já esteja pronta pro exame.- Falou e eu fui abrindo a porta.

Gabi: Depois eu converso com você tá? Te amo, viu!? - Falei pegando minha bolsa.

Vtzinho: Quenhé?

Ítalo: Também te amo, menor. Se cuida, qualquer dia eu consigo parar e vou te ver.- Sorri de lado.

Gabi: Tchau, paixão...- Mandei beijos e ele desligou.

Vtzinho: Quenhé? - Repetiu a pergunta.

Me aproximei dele, mas sentir o cheiro de maconha. Que me fez me afastar e vomitar na calçada de casa.

Tânia: E quem se fode sou eu...- Minha mãe já chegou, vendo meu vômito.

Gabi: Não vou com você assim.- Falei pegando a garrafa de água, que eu guardava na bolsa.

Vtzinho: Vai voando então.- Falou, passando a mão no rosto.

Tânia: A gente vai de tarde, Gabi. Entra logo pra pegar o balde com água...- Minha mãe falou, me entregando a bolsa dela.- Vou comprar as verduras pro almoço.

Vtzinho: Vou tomar banho, nesse caraí. Tenho nem liberdade pra fazer o que gosto agora, essa bosta.- Falou bolado, entrando na minha casa.

Tânia: Vontade de bater nos dois...- Sorri falsa, entrando pra deixar as coisas e fazer o que ela mandou.

Coloquei as coisas dela em cima do sofá e fui pro meu quarto, vendo o Victor pelado, procurando roupa.

Vtzinho: Cadê minhas roupas? - Olhou pra mim, colocando a mão na cintura.

Gabi: na primeira gaveta..- Neguei com a cabeça, desviando o olhar do seu membro, fazendo ele rir.

Ok, intimidade.

Peguei a minha carteira com dinheiro e um comprimido pra ânsia de vômito.

Ele já tava de cueca, saí do quarto, fui pra cozinha, bebi água e voltei, indo pro banheiro.

Gabi: Muito estranho isso. De melhores amigos a melhores papais?

Vtzinho: A diferença é que quando a gente se comia, nós não se considerava melhores amigos.- Assenti, vendo ele vestindo a roupa.- Tipo, a gente pode até ter rolado por carência, mas pra mim foi uma parada verdadeira também, tá ligada?

Gabi: Pra mim também.- Dei os ombros...- Tipo, sempre separamos as coisas. Mas no fim, a gente sempre continuo sendo melhores amigos, até na hora do sexo.

Ele olhou pra mim, sorrindo de lado e colocando perfume.

Vtzinho: Mas, na maioria das vezes que eu falei que te amava, não era como melhor amigo ou irmão. Meu sentimento por você é tipo gratidão, só que é além disso também.

Gabi: Mano, é como se por exemplo. A gente ficar juntos, tanto faz, mas se a gente não ficar juntos, tanto faz também. Porque tipo, a gente se gosta o suficiente pra ficar juntos, mas também se gosta como amigos pra ter uma amizade sincera e verdadeira.

Vtzinho: Verdade. Por isso sou lindo.- Neguei com a cabeça, rindo.

Ele pegou a chave da moto e eu peguei minhas coisas, fomos descendo as escadas e conversando.

Ele parecia bem mais animado que antes, ele falava sobre o filho e imaginando mil coisas.

Gabi: Se o filho da Larissa for meninas, eles vão ser melhores amigos cara. Imagina.- Falei animada, vendo ele coçar a garganta.

Vtzinho: É? - Falou com deboche.

Gabi: Não se faz de escroto porque você não é. Eles são seus filhos iguais e pensa comigo, a Larissa pode melhorar muito, mas pra isso, ela precisa que você seja presente na vida do filho de vocês também. Ela precisa muito de apoio.

Vtzinho: Não consigo olhar pra ela e fingir que ela não me machucou.- ligou o carro.

Gabi: Olhe pra ela como a pessoa que tá carregando um fruto importante na sua vida. Converse com ela, ok? Não estou dizendo pra você esquecer sua raiva ou sei lá o que. Mas tenta ajudar ela, da melhor forma.

Ele ficou calado e eu bati na cabeça dele. Fomos saindo do morro, direto pra um médico, pra pela primeira vez, escutamos nosso filho juntos...