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Pov's Jimin
Assim que a sirene ambulante também conhecida como meu melhor amigo Taehyung foi embora, eu novamente me vi sozinho com Jungkook, encarando-o nos olhos buscando algo que indicasse que ele sabia o quê fazer, porque honestamente, eu não fazia ideia e pelo visto ele também não já que estava tão perdido quanto eu.
Claro que eu sabia que Taehyung tinha dessas de aparecer do nada nos lugares sem se importar em ser um incomodo e eu tinha esse péssimo costume de deixar a porta do apartamento aberta mas nunca na vida eu tive tanta raiva dessa mania - que qualquer dia seria a causa da minha morte - e desse hábito espontâneo do Tae quanto tive hoje quando ele interrompeu nosso beijo. E sim, eu estou literalmente assumindo que eu precisava daquele beijo e que eu queria aquilo mais que tudo no momento, e assumir isso para mim mesmo era o que dava rubor as minhas bochechas no momento.
Quer dizer, minhas bochechas vermelhas não eram culpa unicamente disso, o fato de eu estar sozinho com o cara que eu transei há três, quatro semanas e que por um descuido acabei engravidando, que agora sabia disso e tinha dado a brilhante ideia de ambos criarmos o que estava crescendo na minha barriga, também tinha uma boa parcela de culpa.
Tinha sido adorável o modo com que ele supôs isso, mesmo que preso em palavras e o fato dele não surtar ou agir como um idiota quando eu contei da gravidez me acalmou de uma forma indescritível. O beijo também, mas vamos deixar isso de fora.
Eu sabia que ele tinha sido sincero quando sugeriu que criassemos essa criança mas mesmo assim tinha um receio que não era a toa. E agora precisávamos de um bom plano para ajeitar as coisas e ver como isso tudo iria funcionar - eu estava bem curioso para ser sincero.
— E-e agora? — Foi a única coisa que consegui perguntar, analisando seu rosto e seus olhos perdidos em mil e um pensamentos. Eu estava com medo mas sabia que ele também, e o fato dele não agir como um babaca e me amparar tornava tudo mais fácil, e aquela sensação de conforto que sempre me vinha quando estava com ele também me ajudava, embora não soubesse bem o que era. E eu temia por nós dois, e agora ainda mais por essa criança e o futuro incerto que a aguardava.
No começo do dia eu sequer sabia o quê seria da minha vida, quem dirá agora desse bebê.
— B-bem, eu acho que é muito cedo para tentarmos algum tipo de relação fixa e com o tempo as coisas podem mudar, já que n-nós não sabemos como nos sentimos sobre isso e sobre tudo isso... Mas eu acho que isso pode ser bom, podemos nos conhecer e descobrir o que isso é, enquanto eu te acompanho nos exames, nas consultas, em algumas saídas e compras, então depois vemos outras coisas...
— Isso está me parecendo um namoro.
— É mais ou menos isso... Vai ser uma experiência, assim poderemos saber o que realmente vamos fazer em relação à nós dois.
— Me parece bom até agora... — Digo sincero, vendo que realmente a sua ideia prévia era boa e seria interessante saber o que nos "atraía", como já tínhamos notado, entretanto me veio uma dúvida e Hoseok era a principal causa dela. Afinal o lúpus era a única família dele que eu conhecia, tio do bebê que eu estava esperando e namorado do meu melhor amigo, então acho que no mínimo eu deveria saber. — Mas, e o seu irmão? Por que ele não pode saber disso?
— É um tanto complicado, mas basicamente eu tenho um certo receio da reação dele, não quero que ele haja como o meu pai e não me queira mais em sua vida... — Ele diz melancólico e eu entendendo a carga que aquilo trazia para ele. Era complicado. — E-eu sei que é um tanto difícil de entender mais, eu quero ver um modo de contar isso para ele e que seja pela minha própria boca. Não me leve à mal, eu adoro o Taehyung mas se o Hoseok saber disso agora e pela boca dele, a reação dele não vai ser a das melhores e ele vai fazer um escândalo.
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Um Feliz Acidente | Jikook ABO [Reescrevendo]
FanficMesmo com vários amigos em comum, tanto Park Jimin tanto Jeon Jungkook não se conheciam e nunca sequer chegaram a se encontrar, quer dizer, não até aquela quarta-feira no supermercado em que o Jeon trabalhava, quando o destino de seus lobos se cruza...