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A festa do Otávio chegou. Seria em um clube. O puto rico chamou 500 pessoas. Algumas delas eram amigos de amigos, ele mesmo nem conhecia.

Eu conhecia muita gente. Transei com pelo menos 20 pessoas dessa festa, não que eu me orgulhe, só não vejo como vergonha.

Tinha tudo que eu mais gostava: gente pra fazer sexo e bebida.

Eram 20h da noite, a festa havia acabado de começar e já estava cheia.

Fui pro bar pegar alguma bebida e no caminho cumprimentei Deus e o mundo.

—Você só melhora!— ouço uma voz masculina atrás de mim.

Me viro e vejo Pedro, um amigo que gostava de mim a uns anos e conseguiu transar comigo.

—É meu dom. Quando mais velha, mais linda e gostosa!— respondi com um sorriso no rosto.

Nós abraçamos. Senti o coração dele batendo rápido e forte. Sua mão desceu e quando estava perto da minha bunda eu me afastei.

—Só toca em mim quem eu quero que toque!— sorri e dei-lhe um beijo no rosto.

—Vou achar quem queira que eu toque então.— disse com um sorriso descontraído e de retirou.

Voltei-me para o bar.

—uma Lagoa azul por favor!

—Bebida muito forte pra senhorita.— O barman falou me olhando com desejo de cima a baixo.

Me inclinei na bancada, em sua direção, e baixo, mas audível, disse:

—Eu sou a prima do aniversariante, a prima que ele tem como irmã. Se eu fosse você, eu parava de olhar assim pra irmã do dono da festa, e dono do seu pagamento!

Sorri sem abrir a boca e pisquei, em deboche.

—Desculpa, eu não sabia disso!— começou a fazer a bebida olhando para a mesma, sem ousar levantar o olhar para mim.

— Deveria respeitar uma mulher porque ela é um ser humano, não porque é irmã de algum homem! — falei logo após ele me entregar a taça.

Saindo de lá, uma garota esbarrou feio em mim. Toda a minha bebida caiu nela, pelo menos!

—Tá de sacanagem!— ela falou avaliando o estrago em sua roupa.

—Você que deve estar, acabou com o meu copo todo! Mó lelê pra conseguir!

— O álcool você consegue outro dando dois passos! E a minha roupa?— perguntou tentando focar nos meus olhos.

Foi só a bandida olhar pra mim que eu reconheci. E meu coração foi na boca e voltou.

Menti pro Otávio, sentia falta da buceta dela sim.

—Loise?— perguntei.

—Quem é você?— perguntou tentando enxergar meu rosto, que pela pouca iluminação, estava realmente difícil saber quem era quem.

—Clarice...— respondi chegando mais perto.

—Cice?— seu rosto parecia o de alguém que acabou de ver um chupa cu.

—viu um fantasma?— perguntei percebendo sua cara de terror.

—Eu senti tanta saudade!— me agarrou.

—Não esperava me ver?— perguntei retribuindo o abraço.

—Não!

— na festa do meu primo?

—Eu sabia que ia vir mas não sabia que iamos nos encontrar.— disse e me soltou.

—senti sua falta também...— sorri.

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