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Falta exatamente uma semana para o casamento.
A cada dia que passa, eu só tenho mais vontade de fugir. Eu sinto nojo toda vez que me imagino casada com Maurício.

—Nós precisamos de uma lua de mel em algum lugar magnífico!— Maurício insistia em viajar.

—Eu te imploro que fiquemos em casa! É tão lindo quando o casal entra pela porta da nova casa...— eu disse para tentar evitar uma viagem.

Não quero casar com ele e ainda ter que me isolar de tudo pra acordar ao lado dele durante um mês.

Depois do casamento, não precisarei mais fingir que o amo. Até se ele quiser se separar eu ficarei com metade de tudo.

—Exijo pelo menos duas semanas em Verona!— ele disse.

—E eu exijo que respeite as vontades de sua amada esposa e não a obrigue e sair do país!— sorri.— Por favor, Maurício... Eu sou tão caseira. Gostaria de chegar em casa, preparar um jantar simples, me deitar ao seu lado e curtir a noite.

—Curtir a noite de que forma?— Me perguntou malicioso.

—Podemos até chamar alguma companhia... Mais duas mulheres para você não seria perfeito para nossa lua de mel?

—Claro que seria!— Falou com aquele sorriso nojento.

Eu faria qualquer coisa para ter que me livrar do sexo com ele.
Pretendo embebeda-lo e deixar as duas fazerem o trabalho por mim.

—Então podemos passar nossa lua de mel em casa com duas companhias?

—Claro, minha linda!

Fomos para um restaurante simples, apenas para almoçar e depois irmos para nossas casas.

Estive com uma dor de cabeça infernal durante todo o dia. Só queria comer e me deitar. Não comi direito hoje, certamente isso é consequência da má alimentação.

—Vai pedir o que?— Maurício me perguntou quando já estavamos sentados a mesa.

—Sinceramente eu tenho vontade de comer tudo que esta aqui, mas vou pedir só um rosbife com fritas.— falei olhando no cardápio.

—Nunca a vi comendo uma comida tão simples.— comentou.

—É o que eu tenho vontade de comer agora. Rosbife com fritas.— Dei de ombros.

—Seu pedido é mais que uma ordem!

Me dava ânsia essa vontade forçada de me agradar.

Ultimamente ele tem me dado mais nojo do que o normal. Tenho raiva, nojo, e tudo de ruim. Me dá ojeriza só sentir o cheiro dele.

Eu estava com tanta vontade de comer o que pedi, mas quando chegou, não consegui tocar no prato. Não conseguiria comer com Maurício na minha frente.

—Não vai comer? O prato está na sua frente a 10 minutos e nada de você tocar num grão!

—Eu perdi a vontade. Vamos em bora?

—Meu prato ainda nem chegou...

—Minha cabeça vai explodir. Preciso deitar e dormir!

Maurício olhou em volta, como se estivesse engolindo o incômodo, mas se levantou.

—Vamos!- disse com um sorriso falso.

—Amo você por isso!— Falei para tentar amenizar.

Ele me levou pra casa. Para me livrar do beijo de despedida, disse:

—Esse beijo você só ganha no altar! Até lá fique com saudade.

Ele pareceu gostar. Passou a mão pelo meu rosto e falou:

—Amo seu romantismo!

Apenas sorri e entrei no prédio.

No elevador, me recostei na parede de metal e respirei aliviada.
Um dia com ele era desgastante demais.

Eu só queria o fim disso tudo de uma vez, mas ainda nem tinhamos começado e isso era o que me deixava mais exausta mentalmente.

Abri a porta do meu apartamento e logo dei de cara com Loise.

—Tá fazendo o que aqui?— perguntei assustada.

—Eu quero conversar sobre nós!— ela disse.

—Como entrou aqui?

—Deixou a porta destrancada.

—Porque não avisou que vinha?

—Não importa! Eu quero conversar!

Certamente é mais uma vez sobre o assunto "sou apaixonada por você" e estou de saco cheio pra isso.

— Não se case! Fica comigo! Darei tudo que desejar!— começou a chorar segurando minhas mãos.

–Não! Meu Deus! Eu tive um dia cansativo hoje. Estou com muita dor de cabeça.

Eu realmente não estava afim de aguentar seus dramas por amor.
A raiva já estava subindo desde que vi seu rosto dentro da minha casa.

—Por favor, Cice...— se ajoelhou.

—Não se humilhe! Eu estou cansada! Quero me deitar!

Não acredito que ela chegou a esse ponto. Era vergonhoso.

—Eu amo você!— disse agarrando minhas pernas.

—Para com isso, inferno!— Gritei.

Ela continuou a abraçar minhas pernas. Nesse dia eu estava com o pavio curto demais.

—Chega!— Dei um chute forte em seu ombro.

Ela me olhou assustada, mas sem parar de chorar.

Fui em sua direção, agarrei seus cabelos e apertei seu rosto com a mão.

—Só o que você vai ter de mim é sexo!— falei com raiva soltando seu rosto e pondo a mão em sua vagina, ainda por cima do pano do vestido e da calcinha.— Se vier para isso, será bem vinda.

A soltei e sai de perto.

Ela ainda chorando, foi até mim e me beijou.
Essa garota não sabe os limites da vergonha.

—Se só o que pode me dar é sexo, então me dê!

A empurrei até o sofá e ela já se sentou abrindo as pernas.

Apenas levantei a saia do vestido e empurrei a calcinha para o lado. Já foi suficiente para ela arfar.

A fiz gozar diversas vezes. Seu gozo jorrou pelo sofá, chão, minhas roupas. Ve-la tremer e gritar não foi suficiente para que eu parasse.
Fui até o quarto, peguei um dos meus vibradores e enfiei em sua vagina enquanto ainda a chupava.

As vezes pausava as chupadas para falar.

—Não quer isso?— dizia enquanto socava o vibrador bem fundo.

Sem resposta, puxei seu cabelo com força e disse:

—Me responde, vagabunda!

—É isso que eu quero!— respondeu entre os gemidos.

Após mais uma jorrada de seu gozo, levantei ela pelos cabelos e falei:

—Se ajeita e some daqui! Só volte quando eu disser para voltar!

Ela com um sorriso no rosto, foi até o banheiro, tomou um banho rápido e logo já estava fora do meu apartamento.

—Eu vou ligar para marcar um lugar para nos vermos, quero pedir que faça algo por mim!— falei e bati a porta.

Se era sexo que essa sadomasoquista quer, então eu dou.

Agora eu tenho que limpar tudo isso, tomar um banho e finalmente me deitar para descansar sem o incômodo dessa louca (literalmente) nos meus pés.

Não há outro jeito de tirar ela de perto de mim se não for dando prazer.
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Já conheceram alguém que não tem respeito por si mesmo como a Loise?

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