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Elias voltou para a sala com a blusa social manchada de respingos de sangue.

— Elias, o que aconteceu?— Perguntei indo até ele e procurando algum ferimento.

— Ele tá demitido e perdeu alguns dentes..

— Ele machucou você?

— Não. Vamos almoçar e ir pra casa?— Tentou falar o mínimo possível sobre o que houve.

Ele me olhava calmo. Esse homem me ama. Seria capaz de qualquer coisa por mim.

— Vamos..— respondi baixo.

Dentro do carro, meu celular tocou e ao ver que era minha mãe, atendi.

— Oi mãe..

— Oi amor, como você está?

— Estou bem...

— E o bebê?— perguntou animada.

— Está bem também...— Respondi sem animação.

— Daqui uma semana é aniversário da sua tia Nicole e por incrível que pareça nós vamos na festa.. Otávio insistiu e lá vamos nós.

— Não é muito bom você falar dele pra mim. Sabe que estou tentando levar uma vida sem ele na minha cabeça.

— Me desculpa.— se lamentou.

— Mas já que falou, quero saber se o meu tio ainda permanece de bico fechado.

— Dylan é quem mais quer que esse assunto fique por debaixo dos panos! Se contasse pra Otávio, ele iria acabar expondo, a mídia iria a loucura. Seria um escândalo! Dylan concorda que o melhor para todos é que só eu e ele saibamos quem é o pai desse bebê.

— Ótimo!— me senti aliviada.

— Mas e esse tal de Elias?— mudou de assunto.

— Está aqui comigo. Quer falar com ele?

— Quero!

— Oi sra kovalenko.— Elias falou quando pus a ligação no viva voz.

— Olá, Elias.. minha amada filha não me nada além do seu nome sobre você.— Falou irônica.

— Joga no Google, Elias Stellin e vai achar o relatório da vida dele.— Falei rindo.

— Oh Meu Deus, porque não me disse que era esse Elias?— Disse surpresa.

— Já me conhece?— Elias perguntou.

— Oh querido se for você o dono da maior empresa administrativa da Inglaterra, sim, conheço!

— É, sou eu.— Elias respondeu rindo.

— Que bom poder falar com você! Cuide da Cice! Agora preciso desligar porque Otis está chegando. Beijos.

— Beijos..— Me despedi.

— Tchau, foi bom falar com a senhora!— Elias se despediu.

Desliguei a ligação e guardei o celular.

— Otis é o Otávio?— Perguntou.

— Sim, apelido de infância. Nem sabia que alguém ainda lembrava.— Comentei rapidamente.

— Quer comer aonde?— Me perguntou mudando de assunto.

— Elias, a gente pode almoçar em casa? Eu não to muito bem. Quero descansar logo.

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