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Quando cheguei em casa e contei a Otávio o que tinha acontecido, ele ficou perplexo.

—Uau! Eu não esperava que minha mãe fosse o convencer de que ele fez merda!

— mas convenceu! Bom, não volto lá por bastante tempo.

—Seu corpo já está melhor?

— Sim, das dores sim.

—Que bom.— me deu um beijo rápido.

—Vai sair hoje?— perguntei.

—Sim, tenho uma cliente! Casa logo com o velho pra eu não precisar mais disso!— suplicou.

—Vou pedir pra ver ele hoje e vou dizer o que tenho pra falar.

Eu esperava que Maurício fosse me dar um pé na bunda, mas não. Naquela noite nos encontramos.

—Eu tenho uma coisa pra falar, antes que ligue o carro!— me ajeitei no banco do carona.

—Pode falar minha linda...

—Eu não sou uma qualquer! Transo com você porque gosto de você. Mas eu sinto que você só quer isso comigo... —Me fiz de coitada e até forcei uma lágrima.

—Claro que não, minha princesa! Eu também gosto de você!— pôs a mão em meu rosto.

Era a hora. Eu devo falar agora, mas estou nervosa. Ou eu consigo ou não consigo e perco tudo que consegui com ele.

—Me prova!— falei ainda mais chorosa.

—Te provo de todas as formas que quiser!

—Me pede em casamento!— soltei.

Era tudo ou nada. Ou ele diria não, ou ele pediria.

Sua reação demorou a vir. Parecia estar pensando se era uma boa ideia ou não.

—Vamos agora comprar o seu anel então!— disse convicto.

Meu peito se aliviou. Respirei fundo para relaxar todos os meus músculos contraídos pelo nervosismo.

Depois de tudo, era o mínimo que ele podia me dar!

Eu estava tão feliz, parecia que eu ia explodir de felicidade!

43.000 dólares.

Foi o que ele pagou em um anel.

—Casa comigo?— perguntou logo ao pega-lo.

A atendente olhou para ele, depois para mim, levantou as sobrancelhas como quem diz "não vou nem me meter".

—Algum problema?— perguntei sorrindo falso.

—Nenhum senhora! Me desculpe se fiz parecer que sim.— baixou o olhar.

—está desculpada.—disse e puxei Maurício para sairmos de la.

—onde quer ir agora?— me perguntou já começando a passar as mãos em mim.

—Pare com isso, amor. Estamos na rua!- sorri envergonhada.— quero ir para casa. Estou muito cansada. Visitei meu pai hoje e só queria descansar.

—Quer descansar na minha casa, que daqui a bem pouco tempo será sua?

— só vamos dormir na mesma cama e no mesmo teto quando casarmos. Sou bem tradicional..— usei como desculpa.

— então vai querer um grande casamento!

Não! O que eu mais queria era que fosse uma coisa pequena. Sem alarde.

Não quero me ver em um vestido de noiva pra casar com esse homem! De jeito nenhum!

— conversamos isso depois!

— Vamos pelo menos jantar pra escolhermos a data?— pediu.

Tudo bem, era justo.

— tudo bem. Mas apenas um jantar!

Pela primeira vez eu era tratada como mais do que um depósito. Era o nosso primeiro jantar. Isso seria triste, se eu me importasse.

Daqui um mês estaríamos casados.

Ao chegar em casa, me lembrei que Otávio tinha saído. Eu precisava das carícias dele agora!

Mas eu tinha minha segunda opção: Loise!

Dava pro gasto até Otávio chegar.

Mandei mensagem pra ela e em 20 minutos minha campainha tocou.

—Oi..- ela disse suavemente assim que abri a porta.— porque me chamou? Não disse ao certo.

—estou sozinha e queria companhia..- sorri fechado.— entra!

Ela entrou e se sentou no sofá.

— minha cama é mais confortável.— falei ja deixando claro o que queria.

Ela, sem expressar animação, ou felicidade, ou qualquer outra reação, foi em direção ao meu quarto.

Ela queria estar ali, mas sabia que merecia mais do que isso.
E eu, queria apenas sexo. Ela era a melhor disponível. Não era minha culpa que ela havia misturado as coisas.

Ganhei outra dose daquele sexo da festa.
Eu estava satisfeita, ela não, já que, deitada nos meus peitos, dava suspiros fundos e angustiados.

Se eu não a perguntasse qual o problema,era capaz dela não voltar mais.

— o que foi?

— Não é nada, eu que sou uma besta!

— Pode me falar, Loise!- a confortei.

— Eu quero mais do que só isso de você!— levantou a cabeça, me deixando perceber suas lágrimas.— Eu não concordo mais com o que eu disse na festa, mas eu nunca conseguiria negar vir te ver! Nunca conseguiria negar seus desejos!

— Eu não sinto o mesmo, Loise. Me desculpa! Eu quero continuar desse jeito com você, mas gostaria que separasse as coisas.

Ela viu o Anel em meu dedo e logo despertou interesse em saber o que significava.

— o que é isso?— perguntou olhando em meus olhos, já sabendo a resposta.— você está noiva Cice?

—Sim! Mas eu quero continuar me encontrando com você!

—Eu amo você! Sabe como é pra mim saber que você é de outra pessoa? E quando casar?— perguntava enquanto secava as lágrimas que caíam.

—quando eu casar nós vamos continuar nos encontrando! Eu quero continuar te vendo!

—Você só se importa com você e se aproveita de eu não conseguir te negar nada pra continuar tendo o prazer que tanto quer comigo! Eu sou só isso pra você!

Nisso eu concordo plenamente com ela.

Puxei ela para se deitar novamente comigo e a acalmei.

—Você vai continuar me tendo!— disse em forma de conforto.

Ficamos mais um tempo deitadas.
Depois de certo horário ela já estava ponto suas roupas e pegando suas coisas para ir pra casa.

—Juro que não demoro a te chamar de novo!— disse ao ve-la sair pela porta.

Com o olhar baixo, ela me respondeu:

—Como quiser...

E foi para casa.
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Pra ela é tipo fodase o que ela tá fazendo com a menina mano

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