tudo isso quando vou aí

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seguro seus cabelos caracóis, castanhos escuro. e olho nos teus olhos cor de mel, extremamente tristes. você parece o céu. eu penso, você é como o céu.
me puxa, e, tentamos por vezes ser mais calmos, românticos, clichês, olhando devagar. quebramos isso. não podemos. então volte-me a me machucar, com força. machuca. me destrua.
porque continuo a pensar que algo está errado. quando você está dentro de mim, ainda continua vazio, há algo que não te preenche, há algo que não me preenche. isto, por ora, lhe machuca ou ajuda? se sente melhor, quando nos usamos para tapar buracos que eles deixaram- nos? 
chegando lá, estamos quase, e quando "estamos quase" significa o fim. seu sorriso amarelo é tão lindo que me contorceria mais, para te ver sorrir.
acabamos e nos olhamos, como dois estranhos, afinal, somos estranhos. nós, somos estranhos? há mais estranhos para você? sim, talvez haja. penso, se o outro percebe essas coisas que vejo, ou o problema é comigo e seus olhos mel tristes são apenas coincidência com minha vontade de achar poesia em lugares vazios.
por que não me puxa agora? conte-me o que aconteceu, quais seus planos, o que aprontou quando era criança, o que te faz continuar? me conte quem é. mas, não conta.
se veste, me visto. tu olha, te olho. pensa, penso. não fala, não falo. vestimos, olhamos, pensamos, não falamos. sentados agora, olhando um não-sei-o-quê a ver na parede. tentando achar uma forma para quebrar o silêncio, o vazio. tu pensas no que penso? em deitar-me sobre mim, contar o que anda acontecendo? acho, tu pensas.
sem mais, vou embora, penso na próxima vez.
todos esses sentimentos e poesias que arranco quando vou aí.

... e seus olhos foram os mais lindos que já vi.

LIMÍTROFE: para você que sente demais.Onde histórias criam vida. Descubra agora