venho pensando constantemente em como calar minhas vozes interiores. tentando procurar por um motivo que talvez não exista, buscando um analgésico para a dor que nunca identifiquei de onde vem, me autosabotando diáriamente com questões que já passaram, passam e passarei.
o que fazer quando seus motivos não são suficiente para continuar? nada disso me faz sentir melhor, é um grande ciclo e e sou rudemente puxada para trás por toda vez que consigo dar dois passos a frente.
afasto-me de quem amo, peço desculpa sem ter culpa, me automultilo sem objetos. esgotamento emocional atingiu minha vida fisica.
diversas vezes quero encontrar a mulher incrivel que meus amigos dizem que tenho em mim, diversas vezes. me guardo sentimentalmente do mundo, por medo de sofrer, mais frio com o passar do tempo, mais insensível, mais ausente.
temo e almejo em mesma proporção pelo o dia em que terei superado por isto (se é que de fato chegará), como vai ser olhar pra trás e ver tantos anos perdidos.
há dias que olho para o céus e agradeço ardentemente por ter continuado, por ter ficado de pé, ser firme, assim, como também há dias que olho para o céus e peço exterminio de minha alma, fim da minha vida.
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LIMÍTROFE: para você que sente demais.
No Ficción"Poesia não é a chuva, é o barulho da chuva." Isso não é um diário. neste livro, relato vários textos não fictícios, sentidos por mim ou por maior parte das pessoas, além de poemas e poesias. Alguns tive o imenso prazer/desprazer de viver. talvez...