muitas vezes sinto vontade de ir na sua casa, jogar tudo na sua cara, rasgar este urso com um estilete, rasgar suas roupas, que agora, eram minhas, te agredir nas coisas que doem, te empurrar contra parede e te saculejar até que me explicasse o porque de ter me deixado, porquê desistiu, porquê não me mandou mensagem. porque. porquê. por que. por quê?
mas ai retrocedo e sei que sentiria saudade do cheiro que ainda resta no seu moletom, da sensação gostosa do ursinho de pelúcia, que sentiria saudade de ter o seu resto, aqui, comigo.
tenho medo de te superar, porque sei que quando isso acontecer você só será mais um. mais um homem, mais alguém que ficou e bagunçou, mais alguém que entrou em mim, que conheceu meus pontos fracos. mas, com uma coisa a mais, você só vai ser o cara diferente porque me ensinou o carinho.
queria que fosse diferente, porém se mantém imóvel ao mesmo tempo que se movimenta rapidamente.
você ainda anda pensando em mim, nem que saiba com aquela música? você lembra de mim quando come o meu chocolate preferido? você ainda lembra do som da minha risada? será que te marquei tanto quanto você me marcou?
e vai acabar. isto que machuca. poderia já ter te superado, mas foi bom demais e só queria reviver aqueles seis meses novamente. porra. daqui uns meses não vou mais querer usar esse moletom, nem limpar essa pelúcia, vou odiar aquela música, quem sabe até da deslike e trocar quando ela tocar na playlist, vou odiar seu nome, sua série preferida e vou voltar a ser objeto, deixar me foderem à força. porque vou esquecer o que é carinho, o que é afeto.
mas, vou te esquecer. porém, não nessa página.
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LIMÍTROFE: para você que sente demais.
Non-Fiction"Poesia não é a chuva, é o barulho da chuva." Isso não é um diário. neste livro, relato vários textos não fictícios, sentidos por mim ou por maior parte das pessoas, além de poemas e poesias. Alguns tive o imenso prazer/desprazer de viver. talvez...
