ao terceiro.
3° amor da minha vida, agora o número três não vai ser mais o meu preferido.
número três, em 17 anos; terceiro dono das borboletas que habitaram no meu estômago.
escrevo isto não porque te quero de volta, nem porque sinto sua falta, nem porque imaginei coisas incriveis sobre nós.
isto é uma despedida, isto é pra terminar o fim do que não teve começo.
você era só mais no meio de centenas de contatos. 2, dois, two, a data que você mudou de cargo na minha vida, realmente criei tudo de novo.
incrivel como poderia ter feito toda diferença e resolveu ser mais um. mais uma vez volto da parte onde dói, onde me quebro e sou estilhaço.
me despi, me entreguei, me reciprocifiquei e realmente pensei que seria o bastante para te ter comigo. em tão pouco tempo senti algo que não se compara a nada que já havia sentido antes.
as borboletas desta vez tiveram mais cores, mais asas, mais velocidade. a adrenalina teve mais rapidez e fez meu coração doer de tanto palpitar.
diferente das outras vezes, nesta tive que inventar um final porque infelizmente não houve um.
durante todas essas noites inventei um final diferente. esperei sua volta, esperei sua mensagem, querido, esperei você.
e isto vai passar, assim como os outros, é um fato. mas há perguntas que queria que respondesse como: porquê fez isto comigo, o que te fez querer não me querer mais, o que inventou para acabar com isto tudo, como seguiu em tão pouco tempo.
CARAMBA! não teve motivos, realmente não teve.
e TERCEIRO, doeu, era terça feira e estamos planejando nosso futuro, você até me convenceu em ser mãe, iria ser uma menina, iríamos ter um aquario e os afazeres domesticos iriam ser seus. na quarta não estava mais comigo, na quarta não foi mais nós criando um futuro. e ter que inventar um final pra isso me destroi.
dia 30 não irei me arrumar, não irei te esperar no cinema, não irei está pronta pro nosso primeiro encontro.
amanhã não vou mais ter que procurar você, nem ver seus status, nem lidar com sua rejeição. amanhã não irei buscar motivos que te levou a isto.
e concluir, você queria uma meia boca, você achou uma boca inteira, ainda não estava preparado pra intensidade.
talvez amanhã não vou mais querer você. o quarto pode vim a qualquer momento e isso me assuta. mas, obrigada, você foi incrível!- isto não foi uma carta de amor, foi de despedida.
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LIMÍTROFE: para você que sente demais.
Kurgu Olmayan"Poesia não é a chuva, é o barulho da chuva." Isso não é um diário. neste livro, relato vários textos não fictícios, sentidos por mim ou por maior parte das pessoas, além de poemas e poesias. Alguns tive o imenso prazer/desprazer de viver. talvez...