desde quando te conheci, soube que seria o próximo amor da minha vida, porque você dançou com minha alma antes de tocar no meu corpo, trouxe de volta as borboletas que eram tão infinitas quanto as estrelas.
me senti onda ao seu lado, uma daquelas altas, rudes, mas que se quebra na beirada da praia, era assim que me sentia toda vez que te via sorrir, você desmanchava tudo e isso de fato, no começo, era bom.
me despi de todas as formas, como nunca havia me despido, te mostrei coisas que não havia mostrado a ninguém, porque não enxergava um final, era você o melhor amor da minha vida.
amei todos os inúmeros poucos dias que tivemos, cada dia parecia ano, não porque demoraram, mas porque eram intensos. é, acho que foi isso. nosso problema sempre foi a intensidade.
você foi o dono do sorriso mais lindo que conheci, dos cilios, da boca, da alma. amo todas as suas partes, exceto a que conheci hoje. a parte que atravessa por aquela porta e não volta nunca mais. como se os motivos que te trouxeram a mim não fosse o suficiente para te fazer continuar, às vezes acho que foram os mesmos que te fizeram querer ir.
nunca entendi de fato o motivo do final, não teve algo irresolvível, mas você ficou lá em pé, com cara de desinteressado, com cara de quem ama café mas não o meu café, com cara de quem ama sorvete e de uma hora pra outra começa a odiar sorvete. e eu também preciso ir embora, mas isso dói tanto porque ainda não aprendi a lidar com o nosso retrocesso, não aprendi a sair por aquela porta tão bem quanto você, porque ainda não me acostumei a dormir sem o seu "boa noite", porque ainda não me acostumei viver sem você. ainda não aprendi a criar as asas e sair do casulo, porque eu amava seu coração.
com certeza nosso problema nunca foi a intensidade.
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LIMÍTROFE: para você que sente demais.
Não Ficção"Poesia não é a chuva, é o barulho da chuva." Isso não é um diário. neste livro, relato vários textos não fictícios, sentidos por mim ou por maior parte das pessoas, além de poemas e poesias. Alguns tive o imenso prazer/desprazer de viver. talvez...