naquele dia você me disse que desistiu de mim porque queria algo novo, porque queria recomeçar do zero. aquilo doeu mais que facada de três gumes, e tudo que queria perguntar era "por que não recomeça comigo?".
você vai ler todos esses textos algum dia, perceber o quanto me fez mal, o quanto essas palavras impregnaram na minha mente, me autosabotando, me dizendo constantemente que não sou bom o suficiente para alguém, para se recomeçar, para ser algo novo. você vai sentir saudade de mim quando ler um texto meu, em um dos meus livros? vai querer voltar no tempo e dizer que não queria que fosse dessa maneira tão dolorosa? você vai se arrepender?
fizemos planos; não, você os fez , me fez os querer, me fez ficar entre a cruz e a espada em muitos. se fez de pirata, me mandou andar na prancha muitas vezes, me jogava e outrora não sabia nadar, mas você não era mais o pirata, você era o salva vidas, estava ali pra mim, até que chegou o dia que andei na prancha. andei com dor, triste, vazio, afetado por palavras que ouvi de sua boca. me joguei. me afoguei. debati na água e conheci o fundo do mar, engoli água, gorfei. até me acalmar e boiar, consegui respirar, chegar em terra firme.
"talvez a gente se esbarre no futuro, se conheça de novo com o olhar mais maduro e o coração mais decidido", outro dia nos esbarramos, nos conhecemos com o olhar mais maduro e o coração mais decidido, mas tão decido, que não te quis, nem por um momento, nem por um segundo.
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LIMÍTROFE: para você que sente demais.
Não Ficção"Poesia não é a chuva, é o barulho da chuva." Isso não é um diário. neste livro, relato vários textos não fictícios, sentidos por mim ou por maior parte das pessoas, além de poemas e poesias. Alguns tive o imenso prazer/desprazer de viver. talvez...