Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)

Capítulo 27

Minha ansiedade atacava a cada andar que o elevador anunciava, Benjamin estava sorridente ao meu lado, ajeitando seu terno despojado a cada segundo, e eu só queria que essa noite terminasse. Encarei meus olhos verdes no espelho retangular do elevador, observando meu vestido com pedrinhas prateadas, com um decote em V, e minha maquiagem leve. 

—Você está um arraso!—disse Benjamin me olhando pelo espelho. 

—Não sei. Não me sinto bem. 

—Vamos apenas tomar alguns goles de bebidas caras, com gente rica, e homens cheirando a dinheiro. Se anime. Hoje promete. 

A empolgação de Benjamin me deixava mais apreensiva ainda, eu sei que eu estava bonita, meu lado narcisista dizia isso a mim a cada segundo, mas eu estava tão magoada pela imagem que se repetia a minha cabeça a todo momento. Mas, eu precisava mostrar que eu estava bem, e que eu sabia lhe dar com isso como uma mulher adulta. 

Ao chegar na cobertura, vi o quanto a decoração estava magnifica, as luzes a noite davam um clima bem alternativo para aquele lugar, e ao chegar observamos olhares em nossa direção. E eu sei que Ben estava adorando isso. Passei os olhos pelas pessoas até encontrar a mulher que fazia meu coração parar, ela estava me fitando, não só ela, como Dereck e seu pai, que estavam posicionados ao seu lado, ambos com taças de bebidas em um das mãos. Eu apenas dei um sorriso forçado e segui Benjamin até o bar, montado ao canto. 

—Uma batida de morango, por favor!—pediu Benjamin

—O mesmo— solicitei o mesmo. 

—Você não vai me dizer o que está rolando?—perguntou 

—O que? Não está rolando nada. —disse despretensiosa. 

—Eu conheço você a mais tempo do que você mesma se conhece. Você se trancou no quarto o dia inteiro, e eu conheço muito bem a sua coleção da Lana del rey, e sei muito bem que você só escuta born to die varias vezes quando você está triste, ou muito puta. Então, vamos lá. Qual dos dois?

Eu apenas o olhei cabisbaixa. 

—Qual dos dois? Puta ou triste? —insistiu. 

—Os dois. 

—Bingo—comemorou—eu sabia. Agora, vamos. O que está rolando? 

—Natalie beijou outra mulher, e eu vi. 

—Filha da puta!

—Foi um castigo. 

—Mas ela não pode brincar com você assim 

—Ben, eu sabia que tudo o que eu fizesse haveria consequência.

—Mas isso vai muito além de um castigo. Você ama ela, Ana. E eu imagino o quanto ver isso deixou seu coração em pedaços. 

A bebida chegou, e logo dei um gole na minha, continuando a falar. 

—Eu amo, Ben. Mas ela não sabe. 

—Você deveria ter contado. 

—Benji, olha para ela—nossos olhares procuraram Natalie entre as pessoas, e a vimos cercada de gente com aparência influenciáveis, e todos sorriam, inclusive ela. —ela é Natalie Hamilton. A magnata dona de um império, a fria, arrogante e sem compaixão Natalie Hamilton.  

—Sim, o que isso tem a ver? Ela escolheu você. Se ela fez isso, tem algum motivo. 

—Passar tempo. Esse é o motivo. 

—Seja lá qual for o motivo. Você tem algum significado. E isso nós vamos descobrir. 

—Nós?