Capítulo 50

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Anabelle Portman 

Eu não sabia a quanto tempo estávamos na estrada, e eu nem sabia como eles conseguiram passar pelo porteiro de meu apartamento comigo desacordada. Bom, acho que minhas duvidas iriam demorar bastante para ser respondidas. Meus punhos doíam pela força que eu fazia para me desprender da corda. Paramos em um posto de gasolina para abastecer, Elizabeth saiu do carro,  pois se queixava da vontade absurda em ir ao banheiro. E Dereck logo saiu para abastecer, por mais que Dereck esteve a poucos metros de mim, eu me encontrava sozinha no carro, e aproveitei para tentar fazer a maior força possível para a corda ceder, e fiquei esperançosa quando isso começou a funcionar. Eu só precisava esperar o momento certo para sair e correr. 

Ambos demoraram mais do que deviam. Elizabeth em seguida se queixou de fome, e que precisava tomar um belo banho. E então paramos em uma pousada na beira da estrada, já estava anoitecendo e logo a estrada ia ficar tenebrosa para uma viagem. 

—Vamos parar nessa pousada— disse Dereck puxando meus braços para desamarrar  as cordas, mas ele percebeu que elas estavam bem mais frouxas. — Você estava tentando se soltar? 

Com as mãos praticamente livres, e pronta para correr. Chutei com força sua região intima, e sai correndo, mas assustei-me quando um tiro acertou meu lado esquerdo. E então fui obrigada a parar. 

—Se você der mais um passo. O tiro dessa vez acerta você.— Elisabeth gritou e então logo levantei as mãos até o alto de minha cabeça, enquanto todo meu corpo tremia de medo . 

Eu estava torcendo para que alguém ouvisse. Mas a pousada tinha um gigantesco estacionamento, que com certeza dificultou o barulho de ter chegado até a recepção. E então, realmente aquele era meu fim. Voltei caminhando vagarosamente até eles. Chorando e tremendo. E torcendo para que alguém me tirasse desse maldito pesadelo. 

Elizabeth me puxou pelo braço fortemente, e colocou a arma em meu queixo e pressionou ela sobre minha pele —Se você fizer mais uma gracinha, eu juro que não vou exitar em meter uma bala bem na sua cabeça.— disse furiosa. 

—Então, tenta!— respondi enraivecida. 

—Meninas!— Dereck se meteu entre nós duas ainda se recuperando do chute— Vamos nos acalmar. Anabelle agiu por impulso e isso não vai mais se repetir. Não é, Ana? 

Eu apenas o encarei seriamente, e em seguida, ele acalmou Elisabeth. 

Entramos na pousada, e eu poderia muito bem pedir ajuda, mas Elisabeth veio ao meu lado, e fez questão de colocar a arma em minha cintura sem que ninguém visse.  Pegamos nosso quarto, eu iria dormir em um quarto de casal com Dereck, e Elisabeth ficou três quartos depois do nosso. 

A pousada era bem inferior as fotos que víamos na recepção. Mas o que eu podia querer? Era uma pousada na beira da estrada, não tinha como ficar pior.  Não troquei uma palavra se quer com Dereck, passei direto para o banheiro e tomei uma banho bem demorado. Olhei para todos os cantos, procurando alguma janela, mas sem sucesso. Dereck escolheu o quarto todo fechado. 

Após o banho, eu o avistei deitado. O quarto só possuía uma cama de casal, e eu me recusei a deitar na mesma cama que ele. 

—Você vai ficar sentada na cadeira ou vai deitar? —perguntou 

—Eu prefiro dormir na cadeira do que dormir com você— retruquei. 

—É bom você se acostumar. Pois vai dividir a cama comigo por muito tempo. 

—Eu prefiro morrer do que passar por isso. 

Ele levantou-se e sorriu. 

—Tudo bem. Deita. Eu durmo na cadeira, ou eu espero você acordar para eu poder dormir. 

Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora