Capítulo 46

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Meus pulsos doíam, e eu já podia ver a vermelhidão ao redor deles, por causa da corda apertada e grossa. Eu estava no sofá, sentada, com os pulsos amarrados, e a minha frente Dereck e Elisabeth discutiam. 

—Se ela abrir a boca já era para gente, Dereck— Elisabeth dizia como um semblante preocupado, andando de um lado para o outro em minha sala. 

—Calma. Anabelle não é burra a ponto de abrir a boca. — disse ele. 

—Ela iria falar para Natalie. Você mesmo disse... 

—Eu ainda estou aqui— me intrometi na conversa— se vocês não sabem. 

—Você é sempre tão irritante assim, garota?— perguntou Elisabeth furiosa. 

—Não, só quando eu sou sequestrada— falei irônica. 

Eu estava tentando passar tranquilidade, mas eu estava morrendo de medo por dentro.  Eu rezava para que Natalie sentisse minha falta e viesse até minha casa. Meu celular foi tirado de mim, e foi parar nos bolso da calça de Dereck. E foi tirado, assim que ele tocava insistentemente. 

—Olha, quem é...— disse ele mostrando a tela para mim, e o nome " Natalie" estava estampado—acho que está na hora de você tirar umas ferias, Ana. 

—O que? — perguntei entrando em desespero— Dereck, por favor... 

Elisabeth se aproximou com uma fita e tampou minha boca, impedindo que eu esboçasse qualquer som, privando totalmente meu tato e minha fala.

—Alô— a voz de Dereck soou ao telefone— Natalie. Você realmente não larga o osso, não é? — ele caminhou até outro comodo da casa, e eu não pude mais ouvir a conversa. 

—Você vai dizer o que eu quiser....— Elisabeth sussurrava ao meu lado, e puxava o seu celular, mostrando varias fotos de minha mãe dentro de sua loja no Texas, de vários ângulos possíveis. 

Meu coração apertou, e eu não sabia o que fazer e nem como agir. Eles realmente não estavam brincando quando cogitaram fazer alguma coisa com a minha família. 

—Você vai dizer que vai visitar a sua família no Texas...—continuou a falar— vai precisar tirar umas ferias antecipada por que sua mãe está bem doente, e irá levar o Dereck com você, por que vocês são noivos, e ele precisa estar ao seu lado nesse momento. 

Eu a encarava seriamente, querendo mata-la ali mesmo, sem dó. 

—Você não acredita? — Dereck voltava para a sala ainda falando ao celular com Natalie. 

—Estamos, entendidas? — perguntou Elisabeth,

Ela tirou a fita vagarosamente de minha boca, e assim que ela tirou, acumulei o máximo de saliva possível e cuspi em seu rosto. Ela sorriu irônica, limpando seu rosto, e sacou uma arma  de sua cintura e aproximou de meus olhos. 

—Estamos entendidas, Anabelle Portman? Ou eu vou precisar fazer uma ligação e a sua mãezinha de doente, vai estar morta, e ai realmente você vai precisar visita-la. 

Eu estava furiosa, eu estava indefesa e não podia fazer nada. 

Dereck se aproximou e colocou o celular próximo ao meu ouvido contive o choro, e pensei em gritar ao telefone por socorro, mas eu não podia arriscar. 

—Ana...— a voz de Natalie soou no telefone que estava no viva voz. e meu coração apertou, e tentei conter o máximo de choro que veio em minha garganta, e com uma arma em minha cabeça. — Eu sinto muito pela sua mãe, mas deixa eu ir com você. 

—Natalie, Dereck já sabe sobre a gente. Não vamos tornar isso mais ruim do que já esta. 

—Mas, o lance de vocês é temporário. Daqui a alguns meses isso tudo acaba e a gente vai ficar juntas novamente. 

Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora