Capítulo 47

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Natalie Hamilton

Eu sentia meu rosto quente, pois eu havia acabado de quebrar uma de minha taças favoritas na parede. Dispensei todos os funcionários do apartamento, pois eu não queria ver ninguém, e nem falar com ninguém. Eu não acredito que eu passaria por isso de novo, Ana não tinha motivos para fazer o que fez. Ou ela realmente era muito idiota, ou sofria de algum transtorno de bipolaridade,  pois ninguém em sã consciência mudaria de gosto tão rápido.  E ela parecia tão mais fria, quase não a reconheci. Não conseguia  acreditar que todas aquelas ligações durante o dia, era para me falar que decidiu ficar com o sádico do Dereck. 

Mas, alguma coisa dentro de mim dizia que algo  não estava se encaixando, e eu a conhecia tão bem a ponto de saber que quando ela me procurou, seu rosto não parecia de alguém que queria terminar tudo. Ela parecia apreensiva, com medo, e eu ainda não acreditava que tudo isso poderia ser real. Não acreditava que os meses  comigo eram só para ela ter certeza com quem iria ficar. 

Ela parecia estar comigo de corpo e alma, e Anabelle não era o tipo de mulher que gostava de brincar com sentimentos. Eu não sabia o que pensar, tudo estava vindo como uma bomba em minha mente, e dessa vez era diferente, eu não conseguia acreditar, não era a mesma Ana que terminou comigo a alguns meses atrás. Mas minha raiva estava tão grande que a primeira pessoa que veio em minha mente foi Elisabeth, e não exitei em ligar para ela por impulso, eu estava furiosa e me deixei levar por isso. Mas que agora já havia me arrependido, pois meu corpo gritava para encontra Ana.

Ouvi a campainha tocar fazendo meus pensamentos confusos cessarem, ao abrir a porta, Elisabeth estava aposta, sempre sorridente e amável. 

—Fiquei feliz quando você me ligou. — dizia ela adentrando em meu apartamento. 

—Pensei que você quisesse fazer alguma coisa. 

Ela caminhou até a sala e eu a seguir, em seguida jogou sua bolsa no sofá.

—Claro. Aliás, já faz algum tempo que a gente não sai, ou você me chama para vim até seu apartamento. 

Seu corpo se colava ao meu, enquanto seus braços se apoiavam em meus ombros.  E seus lábios vinham até minha boca, mas eu desviei a deixando sem entender. 

—Está tudo bem?— perguntou. 

—Sim. É só problemas com a NH. 

—Eu posso relaxar você— seus lábios se aproximaram novamente e dessa vez deixei eles me beijarem— E hoje seria uma ótima oportunidade para eu conhecer seu quarto. 

— Mas você já conhece. — desconversei como se eu não soubesse do que ela falava. 

—Não estou dizendo o quarto que você dorme. Você sabe de que quarto eu falo. 

Eu seria incapaz de leva-la, não conseguiria levar outra mulher, além de Anabelle. E eu não conseguia pensar em transar em uma hora dessas, Elisabeth estava ali por que eu era impulsiva, não conseguia pensar direito no que fazer depois da ligação de Ana. Resultado disso era que não conseguia parar de pensar nela. Minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos confusos que eu mal conseguia organiza-los 

—Elisabeth— tirei seus braços de meus ombros—me desculpa, mas eu acho melhor você ir. Eu liguei para você por impulso, eu estava com raiva. E agora eu acho melhor a gente conversar em outro momento. 

—O que aconteceu?— perguntou preocupada— Me diga, e eu tento ajuda-la. 

—Você não pode. Ninguém pode. 

—É ela, não é? — perguntou com um tom desanimado na voz 

Ela fazia referencia a Anabelle, e eu não tive forças para responder. 

Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora