Eu estava tensa e minhas mãos suavam mais do que o costume, descemos do carro de Natalie e eu não parava de fuzilar Benjamin, por que diabos ele foi convida-la? Entramos no pub, eu nunca tinha vindo a esse local, ele não era de todo ruim com eu havia imaginado, tinha um visual mais vintage, era bem frequentado. Caminhamos para uma mesa perto do palco e nos aconchegamos nos sofás que substituíam as cadeiras ao redor da mesa
— Meninas, eu vou pegar uma bebida. Alguém quer alguma coisa?— perguntou Benjamin
— Você pode me trazer um whisky—disse Natalie.
—Eu peço desculpas pelo Benjamin— disse desconcertada depois que ele já havia se afastado.
—Tudo bem, ele é divertido.—ela deu uma pausa e continuou—Então, quer dizer que você ia me convidar?
—Sim, não— sorri sem jeito pela contradição das palavras—é porque você não faz o tipo que frequenta lugares assim
—Você tem razão, mas eu estou precisando mudar meus hábitos.
—É, mas aqui não é exatamente um lugar que você escolheria para mudar os hábitos.
—Quando a companhia é boa vale a pena, Ana
"Meu deus, isso foi para mim? Não pira, Anabelle. Não pira!"
—Prontinho, meninas— Ben voltava a mesa com uma garrafa de cerveja, e um copo de whisky
—Natalie...— continuou falando enquanto sentava ao meu lado— Me diz, como é ser uma das pessoas mais ricas de Nova York ?
—Benjamin!—o repreendi
—Tudo bem, Ana— disse ela sorridente—. Bom, se eu fosse definir em uma palavra, a palavra seria solitária
—Solitária? — perguntei.
—As pessoas só se aproximam de você pelo o que tem, e não pelo o que você é
—Profundo—disse Ben pensativo
—Mas, por outro lado é bom. Comprar o que deseja, ajudar quem precisa.
—E a vida sentimental como anda? Eu quase nunca vejo você acompanhada nas revistas
"Que droga, Benjamin! Cala a porra da boca pelo amor de deus"
—Então, eu tenho um stalker? —Natalie sorriu, e eu apenas observei cada traço que se formava em seu rosto provocado pelo sorriso. —Bom, minha vida amorosa é bem parada, eu só vivo para o trabalho e nada mais
—Oi, pessoal! — a banda que iria tocar essa noite se apresentava no palco, e eu agradecia aos céus, pois eu não sabia como parar o repórter Benjamin.
Depois de algumas horas e algumas cervejas Benjamin dançava a cada musica que tocava, eu estava em pé e Natalie estava ao meu lado, e era curioso pois ela estava curtindo a musica também, tomando seu whisky. O ambiente estava lotado, e eu que quase nunca bebia, resolvi tomar algumas cervejas, que logo pesaram.
—Eu preciso ir ao banheiro— falei.
—Eu vou com você—disse Natalie deixando seu copo em cima da mesa
—Não precisa. Eu estou bem. É rápido só vou retocar o batom.
—Tudo bem. Mas, tome cuidado.
Caminhei até o banheiro, eu estava um pouco lenta e quase não reconhecia o rosto das pessoas. Porém ,eu conseguir chegar até meu destino, não estava tão lotado e troquei rapidamente o batom, ao sair parei no bar, e pedi um suco, eu precisava cortar o efeito do álcool de algum jeito. Sentei em um banco alto e me apoiei no balcão.
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Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)
RomansaA magnata Natalie Hamilton, dona de um dos impérios de moda da conturbada família Hamilton, uma mulher elegante e fina, reconhecida por seu elevado grau de narcisismo e sua arrogância, vê suas virtudes serem desconstruídas, após se deparar com a no...