Capítulo 49

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Eu estava tonta e minha cabeça doía como se eu tivesse bebido a noite inteira. E logo assustei-me ao perceber que eu estava dentro de um carro, com as mãos amarradas para trás, sentada ao lado de Elisabeth, que mexia no celular como se aquilo fosse uma viagem em família.

—A bela adormecida acordou— disse ela, mas sem tirar os olhos do celular. 

—Bom dia, querida. 

Dereck dirigia o carro, e mantinha um semblante sorridente, com seus óculos escuros.  E me olhava pelo retrovisor

—Que merda vocês estão fazendo? — perguntei furiosa. 

—Vamos passar umas ferias em uma cabana bem longe de tudo. O que você acha?— disse ele. 

Eu fiquei sem reação ao ouvir, e logo tentei fazer força para me desamarrar, mas sem que Elisabeth percebe-se. 

—Fique tranquila. Eu não irei para a lua de mel de vocês, estou apenas me certificando que Dereck realmente deixará você bem longe da Natalie,  Inclusive eu já mandei uma mensagem para a NH dizendo que você vai precisar se ausentar. Que Dereck pediu você em casamento e que vão viajar. 

—Você ficou doida? Eu preciso falar com a minha família. Já faz dias que não entro em contato... 

—Shh...— pediu silencio Elisabeth— sua voz me irrita profundamente, sabia?— respirou fundo, e logo falou novamente— Eu liguei para sua mãe. Disse que você está curtindo uma viagem, e que no momento estava tão ocupada que não tinha como falar, mas que entraria em contato assim que possível. 

—Vocês são doentes. — falei perplexa ao ver a frieza de ambos.

Dereck ligou o som e cantarolou algum rock horrível. Eu estava tão assustada, que era difícil explicar o sentimento que eu sentia. Eu estava com medo, medo por estar na mão de duas pessoas tão frias e sádicas,  que eu mal podia prever o que aconteceria, e que podia acontecer qualquer coisa a qualquer momento. 

Encostei minha cabeça no vidro do carro, e uma lagrima escorreu pelo meu rosto, mas não desistir de movimentar minhas mãos tentando me soltar vagarosamente. Aliás, estávamos no meio da estrada, por mais que eu conseguisse me soltar e sair daquele carro para onde eu iria? 

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                                                                                NATALIE HAMILTON

                                                                                    Noite anterior

Minha intuições quase sempre estavam certas, eu não conseguia compreender a ligação de Elisabeth a Dereck, a arma, as ligações telefônicas, e o termino repentino de Ana. Eu estava disposta a viajar para Texas, atrás de Anabelle, ou de qualquer coisa que me levasse até ela. Mas, antes que eu tomasse essa atitude, pedi ajuda a Paul, logo ele rapidamente identificou  a relação de Elisabeth, Dereck e Anabelle. Paul sempre conseguia tudo o que eu pedia, dados, documentos, e coisas mais confidencias de uma pessoa, eu poderia saber, graças a ele. 

Paul acumulou documentos, fotos e videos de tudo o que se referia a Elisabeth, aliás, ela apareceu em minha vida tão repentinamente, que eu mal me dei conta de saber quem realmente ela era. Eu estava tão abatida pela partida de Anabelle, que meus sentimentos se embaralharam, e tentaram tomar um rumo para outro coração. Mas eu sabia mais do que ninguém que isso não era possível, e nunca foi. Meus sentimentos sempre foram fiel a Anabelle. A garota desajeitada do Texas, que me encantou desde a primeira vez que meus olhos a viram entrando em minha sala. A unica mulher que fez meu corpo estremecer com apenas um toque em minhas mãos, que me fez ter a necessidade de ser suficiente para alguém. 

Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora